Infantil | Da redação/com Campo Grande News | 18/11/2013 10h07

Documentário "Mitã" mostra o que a infância tem a ensinar

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Campo Grande (MS) - Desde que criaram o Espaço Imaginário em Campo Grande, um lugar com cursos e atividades para a criançada viver a liberdade de tempos mais calmos, Alexandre Basso e Lia Mattos viraram referência de boa infância em Campo Grande.

Agora, o cineasta e a arte educadora, que além da dupla na arte também são casados, lançam um documentário sobre o assunto que mais dominam. “Mitã”, ou criança na língua guarani, teve estreia gratuita em Campo Grande neste domingo, 17, no Teatro Prosa, do Sesc Horto.

São 52 minutos de imagens e histórias sobre crianças brasileiras, principalmente, as sul-mato-grossenses afora. Os diretores apresentam o filme como resultado de 5 anos de pesquisa que tiveram como resultado um passeio pelo “universo da infância de forma poética e profunda, trazendo referências universais sobre temas como educação, espiritualidade, tradição e cultura dos povos”.

A ideia surgiu com crenças de meninos e meninas indígenas de Mato Grosso do Sul, sem esquecer dos anciões da Aldeia Amambai. Para descobrir o que de sábio as crianças têm a ensinar, a dupla de diretores também se embrenhou pelo Pantanal e outras cidades do interior.

Lá fora, dentre as diversas histórias pelas regiões do País, aparece a relação das crianças com a festa do Divino Espírito Santo, no Maranhão, por exemplo. É um apanhado sobre o que a infância tem a ensinar, com 3 grandes inspirações: a poesia de Fernando Pessoa, os estudos de Lydia Hortélio e o filósofo Agostinho da Silva.

Ela, é considerada uma das maiores especialistas em cultura da criança no Brasil, nas investigação das cantigas, brincadeiras e brinquedos tradicionais.

“Estão presentes no filme também as ideias de Agostinho da Silva, filósofo e educador luso-brasileiro a cerca da Criança e sua relação com as possibilidades de um mundo melhor, além de poemas de Fernando Pessoa e depoimentos de pesquisadores de reconhecimento nacional”, informam os diretores.

Com parte da produção viabilizada com recursos do Fundo Municipal de Investimentos Culturais de Campo Grande, o documentário já foi exibido em Salvador e em Ivinhema, durante o Festival de cinema realizado no início do mês. Também será distribuído para escolas municipais e estaduais da Capital.

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