Manchete | Jeozadaque | 15/04/2009 14h55

Vereador Mario Cesar homenageia a primeira cacique de Mato Grosso do Sul

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Na manhã desta quarta-feira (15/04), em Sessão Solene, a Câmara dos Vereadores da Capital, homenageou pessoas que desempenharam ações importantes em favor da questão indígena com o “Troféu Domingos Veríssimo Marcos”. Dentre os homenageados estava a primeira Cacique do Estado “Enir da Silva Bezerra”. Veja as fotos em nossa galeria. Além dos vereadores, a cerimônia também teve a presença do diretor presidente da Fundação Municipal de Cultura (FUNDAC), "Athayde Nery", que estava representando o prefeito municipal "Nelson Trad Filho". Antes da solenidade, proposta pelo vereador “Mario Cesar” (PPS), os vereadores e visitantes assistiram a uma apresentação de dança típica, realizada pelo grupo “Siputrena” da escola Marçal de Souza, e a execução do Hino Nacional Brasileiro, entoado pela cantora “Marta Celestino dos Santos”. Um painel montado atrás da mesa diretora, onde se assenta o presidente da câmara, exibe a imagem de uma criança indígena com trajes típicos e a seguinte frase “Sementes de um povo plantadas com sabedoria germinaram o Brasil. Regar sua cultura é garantir nossos frutos”, para que a sociedade valorize e respeite a cultura indígena. Durante a cerimônia o vereador Mario Cesar falou sobre a importância de preservar as tradições e a cultura indígena, pois o Brasil foi povoado a partir dos índios, que antes eram os únicos habitantes do país e hoje fazem parte de uma minoria. Antes de encerrar seu depoimento, Mario Cesar ainda disse uma frase para que as pessoas possam refletir: “Qual é o Brasil que queremos para nós e para nossos descendentes?”, pois se essa frase tivesse sido praticada a mais tempo hoje os povos indígenas não fariam parte da minoria. Convidada para compor a mesa diretora, a primeira cacique do Estado “Enir da Silva Bezerra”, agradeceu a iniciativa do vereador Mario Cesar e dos demais vereadores.   Antes da cerimônia, Enir contou a equipe do site de cultura regional “Ensaio Geral” como conquistou o posto de cacique, e foi de um modo muito conhecido pelos “brancos”, o voto secreto, “Na nossa comunidade havia um cacique imposto e o povo não estava gostando da administração dele, então resolvemos fazer uma eleição, assim como fazemos para eleger um prefeito. Montamos duas chapas e fiquei surpresa quando vi o resultado. Tive a maioria dos votos”, disse a cacique. Enir também destacou que é muita responsabilidade ser uma cacique e que vai lutar para preservar os costumes indígenas como a dança e a língua nativa, que a cada dia é mais esquecida. Na Capital existem três aldeias urbanas e cerca de 10 mil indígenas. Antes do encerramento da solenidade, o diretor presidente da Fundação Municipal de Cultura “Athayde Nery” e o presidente da câmara “Paulo Siufi” também parabenizaram a iniciativa do vereador Mario Cesar. Por Luciana Navarro

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