Geral | Da Redação/Com Sesc MS | 06/10/2015 16h58

Sesc Morada recebe visitas educativas agendadas

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O Sesc Morada dos Baís está aberto ao agendamento para visitas educativas, de terça a sexta-feira, para grupos de pelo menos 5 e máximo 15 visitantes. É preciso ter pelo menos 7 anos de idade para participar.

Na terça-feira, as visitas serão das 13h às 14h e das 15h às 16h. Na quarta das 14h às 15h e nas sextas-feiras de 14h às 15h.

Os visitantes terão oportunidade de conhecer o prédio histórico, além das exposições permanentes que integram o acervo do Sesc, com obras de Lídia Baís, Jorapimo e Conceição dos Bugres, ícones das artes plásticas de Mato Grosso do Sul. Além disso, também poderão visitar as exposições temporárias que estiverem ocorrendo no período.
Lídia Baís - Pintora, musicista e escritora. “Uma mulher a frente do seu tempo está mais viva do que nunca”. Lídia Baís nasceu em 22 de abril de 1900, na cidade de Campo Grande, no sul do antigo Estado de Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul. Faleceu em 19 de outubro de 1985, também na cidade de Campo Grande. A artista é considerada pioneira das artes plásticas e marco de contemporaneidade no estado de Mato Grosso do sul.

A partir dos 06 anos de idade a artista começou a receber sua educação, cuja sequência é acompanhada de uma peregrinação em vários internatos religiosos. Quando regressou da Europa em 1928, onde esteve aproximadamente um ano, dividido entre Berlim e Paris , já maior de idade, queria cursar a Escola de Belas Artes e conservatório de Musica, mas seus estudos de pintura iniciaram-se com certeza, anteriormente aquela data. Aluna de Henrique Bernadelli, frenquentou seu ateliê, em Copacabana. Antes e depois de sua viagem à Europa. ( Espindola,Humberto,pag. 218 panorama das artes plásticas em Mato Grosso, edições UFMT /1975

Os temas das pinturas de Lídia retratam um pouco da sua identidade, ou até mesmo a busca da sua identidade. Em um universo próprio e particular, Lídia retrata a mulher, a política, a religiosidade,seus momentos de transe , mesclando elementos tradicionais e surrealistas.

As obras de Lídia Baís ficaram por muitos anos encaixotadas e esquecidas e foram doadas pela família ao governo do estado. A iniciativa de organizar este acervo, restaurar e principalmente valorizar a obra de Lídia Baís foi idealizada e executada através  do artista Humberto Espíndola, na sua gestão como secretário de cultura por volta de 1988 e 1989.

Jorapimo

(Corumbá, 24 de novembro de 1937 - 22 de novembro de 2009)

O nome artístico de Jorapimo é o arremate das primeiras letras do seu nome completo,  José Ramão Pinto de Moraes.  Os principais personagens de suas pinturas eram pescadores, caboclos, lavadeiras, os casarios do Porto de Corumbá. Retratou como ninguém o pôr do sol pantaneiro sob os reflexos do Rio Paraguai. Uma das principais características da sua obra era a simplicidade dos traços firmes e precisos, onde buscava inspiração em ícones do Pantanal.

Iniciou suas pinturas aos 14 anos tendo como referências obras de Gauguin, Cézanne, Van Gogh, Lasar Segall, Anita Malfatti e Cândido Portinari

Aos 20 anos foi morar em Campinas/SP e depois no Rio de Janeiro/RJ, retornando a Corumbá, sua terra natal onde teve um trabalho continuo e autêntico, onde era possível identificar sua obra mesmo sem a sua assinatura, dizia ele que este era um dos principais orgulhos: sua obra ter reconhecimento imediato sem a obrigatoriedade da assinatura.

Jorapimo foi pioneiro da pintura moderna em Mato Grosso do Sul e um dos fundadores da AMA – Associação Mato-grossense de Arte. Participou de exposições em grandes centros do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e também em cidades do Japão, Bolívia, Colômbia, Alemanha e Estados Unidos.

Conceição do Bugres - Conceição Freitas da Silva (1914 -1984). Conceição dos Bugres foi uma gaúcha que veio aos 6 anos de carroça para o, ainda, Mato Grosso. Entre 1969 e 1972 surgia uma das principais escultoras sul-mato-grossenses: Conceição Freitas da Silva. Nascida em 1914 e falecida em 1984, Conceição dos Bugres ficou conhecida por talhar na madeira imagens com características próprias e feições marcantes. Os Bugres da Conceição recebiam nomes escolhidos pela artista, como mostra o documentário de Cândido Alberto da Fonseca, realizado em 1979.

Críticos de história da arte, como Maria Adélia  Menegazzo e Maria da Glória Sá Rosa contribuem para reforçar o quão relevante são as esculturas de Conceição, existem vários documentários e objetos de estudo que trabalham sobre a Vida e obra de Conceição dos Bugres. Um dos principais apelos e pedido da classe artística é que as caricaturas dos “bugrinhos” se tornem a marca registrada do estado de Mato Grosso do Sul, já reconhecido como um dos principais ícones da identidade cultural do estado.

Além disso, as esculturas de Conceição Freitas falam de uma memória, enquanto evocação, enquanto forma para uma visualidade local. Alçados `condição de símbolo da cultura sul-mato-grossense, os bugrinhos são, hoje, objetos seguramente pensados numa visada estética, que lhes atribui uma recepção de objetos de arte....) profª Dr. Maria Adélia Menegazzo – associação Brasileira de Críticos de Arte. 

Conceição fez uma vasta produção de Bugrinhos, de vários tamanhos e formas, mas nenhum é igual a outro. Hoje apenas alguns colecionadores e institutos possuem um número significativo destas esculturas. O mercado internacional, intermediado principalmente pelos grandes centros do Brasil, divulgam e comercializam as obras de Conceição  como raridades.

Serviço –  Agendamentos de grupos devem ser feitos no (67) 3311-4458, com Josiane. O Sesc Morada dos Baís fica na Avenida Noroeste, 5140. Informações 3311-4300. A programação do Sesc Morada dos Baís pode ser consultada no site do Sesc MS - http://www.sescms.com.br/

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