Geral | Da redação/com Ministério da Cultura | 09/04/2015 10h28

Secretários debatem temas relacionados às interfaces da cultura

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Fazedores de cultura, gestores e representantes da cultura brasileira estiveram presentes ao evento. (Foto: Christian Braga) Fazedores de cultura, gestores e representantes da cultura brasileira estiveram presentes ao evento. (Foto: Christian Braga)

Na manhã desta quarta-feira (8), em comemoração ao lançamento da Lei Cultura Viva, secretários e diretores do Ministério da Cultura (MinC) participaram do debate Interfaces Cultura Viva.

Foram discutidos temas como cultura de redes, educação e cultura, participação social, fomento à cultura e uma nova cultura jurídica. O evento contou com a presença de diversos fazedores de cultura, gestores e representantes de Pontos de Cultura.

O secretário de Articulação Institucional, Vinícius Wu, destacou a importância da participação popular na gestão cultural e no desenvolvimento de políticas públicas para o setor. Ele informou que o MinC está criando um Gabinete Digital para ouvir a sociedade. "Precisamos buscar formas mais efetivas e transparentes de envolvimento da cidadania", destacou.

A secretária de Economia Criativa, Juana Nunes, falou sobre a interação entre a cultura e a educação. "É preciso pensar como os saberes culturais podem dialogar com o conhecimento repassado nas escolas. Esse diálogo tem de ser constante. As escolas públicas precisam ser Pontos de Cultura, como está previsto na Lei Cultura Viva, assim como os Pontos precisam ser reconhecidos como importantes espaços de formação".

O secretário de Financiamento e Incentivo à Cultura, Carlos Paiva, enfatizou a necessidade de se pensar em novos modelos de fomento. "Estamos trabalhando para a aprovação do Procultura, que substituirá a Lei Rouanet e dará mais fôlego ao Fundo Nacional de Cultura (FNC), que hoje não funciona com deveria". Também abordou o Vale Cultura. "É um importante mecanismo que tem como foco o cidadão que quer ter acesso à cultura".

O diretor de Estudos e Monitoramento de Políticas Culturais da Secretaria de Políticas Culturais, Pedro Vasconcellos, destacou que uma das prioridades da atual gestão é garantir que as metas previstas no Plano Nacional de Cultura (PNC) saiam do papel. "Ele precisa ser uma bússola orientadora; não pode ser apenas um documento de diretrizes, tem de ser implementado na prática", afirmou. Uma das metas, citou Vasconcellos, é chegar a 15 mil Pontos de Cultura até 2020.

O diretor da Cidadania e da Diversidade Cultural, Alexandre Santini, ressaltou que a gestão em parceria com as redes estaduais e municipais é essencial para a implantação e o avanço da Política Nacional de Cultura Viva. "O MinC não tem condições de gerir sozinho. Essa parceria é muito importante e possibilita que a política tenha maior capilaridade", destacou.

A advogada especializada em cultura Ericka Gavinho destacou que a Lei Cultura Viva é um "excelente instrumento" para estimular um avanço jurídico no país. "É preciso ter regras para que os recursos sejam efetivamente utilizados. A legislação não pode engessar a atividade cultural". 

Também participaram do debate Osíris Vargas, da Consultoria Jurídica do MinC, Teotônio Roque, da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura (CNPdC), e a griô e mestra de cultura popular Doci dos Anjos.

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