Geral | Estevan Oelke | 05/03/2015 10h06

Representantes da cultura buscam valorização em audiência pública

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Na quarta-feira (04), durante audiência pública da Câmara Municipal, os representantes de cultura de Campo Grande criticaram o poder executivo da cidade. Já são dois dias de protesto, devido ao não pagamento dos recursos do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais) e Fomteatro.

Os vereadores buscaram soluções para os manifestantes, que ocupam o prédio da Fundac. Ao ser questionado em relação aos protestos e compromissos da prefeitura, o vereador Eduardo Romero (PTdoB) expressou sua opinião.

"O protesto é prerrogativa da sociedade, o importante é garantir as manifestações. A pauta defendida é legítima e necessita urgência para o executivo resolver dentro dos limites existentes", afirmou o parlamentar.

A atriz e diretora teatral Beth Terras acha negativa a atitude do executivo, pelo fato de não haver transparência explicando aonde esse dinheiro foi aplicado. “Acho indigno ele (prefeito Gilmar Olarte) não estar para dizer onde ele enfiou todo esse dinheiro. Onde foi? Quem gastou, se nós, artistas, não recebemos? O desrespeito com a classe é muito grande. Se não houver cultura, não há nada. Tudo, a partir da cultura, acontece. Nós, artistas, só queremos uma coisa, o que conseguimos com a luta da classe: esse 1% no mínimo”, criticou.

Os manifestantes presentes questionaram a falta de verba, pois é alto o número de contratos com funcionários comissionados. A diretora-presidente da Fundac (Fundação de Cultura), Juliana Zorzo, tem ciência das reivindicações, e por escrito explicou sua situação, "A pasta busca uma equação financeira de curto prazo que garanta um resultado satisfatório para os artistas".

Os membros do Poder Executivo foram convocados e não compareceram à audiência. A ausência foi criticada pelos presentes, "A Fundac hoje não faz nada, a não ser tentar resolver pagamentos. A gente percebe que há um descaso. Quando se falava em crise financeira, no ano passado, era até compreensível. Mas é descaso, é falta de compromisso. É não ter olhar sensível para a cultura e para os artistas”, afirmou o diretor teatral Vitor Samúdio.

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