Na noite de ontem (2 de abril), a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) reabriu as portas do Centro Cultural José Octávio Guizzo para artistas e toda a comunidade sul-mato-grossense. Prestigiaram a reabertura autoridades e personalidades da cultura local.

O secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda destacou a importância do espaço cultural para o Estado.” O Centro Cultural José Octávio Guizzo é um dos principais equipamentos de políticas públicas do Estado. Depois de 8 anos parado, todos os fazedores de cultura estavam sentindo muita falta deste espaço e estamos muito felizes com esta revitalização total com a questão da acessibilidade, conforto e modernização dos equipamentos. É um marco na nossa cultura e tenho certeza que em função desse espaço abrigar várias linguagens da nossa cultura, vai ser um divisor de águas para uma retomada cultural, valorizando essa cultura maravilhosa de Mato Grosso do Sul”.

O diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes lembrou do papel dos artistas nessa realização. “Eu cumprimento toda a classe artística de Mato Grosso do Sul que prestigiou o evento. Sem os artistas não teria porque estarmos aqui hoje, não teríamos nada para mostrar para a nossa população da nossa arte. E agradeço ao governador Eduardo Riedel me colocar à frente de um projeto tão audacioso onde temos que vencer muitos desafios no dia-a-dia, mas sem perder de vista onde queremos chegar”.

O governador Eduardo Riedel comemorou a retomada da cultura estadual. “A gente não tem como olhar para frente sem conhecer todo nosso passado e a nossa trajetória . Muitos dos que estão aqui viveram e sentiram isso. O estado poderia ficar sem este espaço, então esta é uma noite que devemos celebrar a retomada de um espaço que pertence à cultura de Mato Grosso do Sul e a cada um de vocês”, afirmou.

Os filhos do homenageado José Octávio Guizzo, Danusa e João, marcaram presença e se mostraram muito emocionados com a solenidade da reabertura que trouxe a memória do seu pai e das outras personalidades culturais homenageadas Aracy Balabanian, Rubens Corrêa, Conceição Ferreira, Wega Nery e Ignês Corrêa da Costa. “Hoje é uma noite de muita emoção para nossa família. Meu pai foi o primeiro presidente da Fundação de Cultura de MS após a reabertura política na primeira eleição democrática do Estado após a ditadura. Um dos grandes sonhos do meu pai seria este centro cultural. Um centro aberto ao povo, um centro para os nossos artistas e para nossa população. Para meu pai a cultura era um bem maior de um povo. O .Estado precisava muito dessa reforma tão cuidadosa. Meu pai sempre falava: Ninguém é universal fora do seu quintal”, lembrou Danusa Guizzo.

O compositor Guilherme Rondon comemorou o retorno do Teatro Aracy Balabanian “Estes locais de arte são locais que as pessoas tem que ter o costume de ir . Estamos começando de novo e as pessoas terão que voltar a ter o hábito de vir aqui, pois é um espaço ótimo, perto do centro da cidade e já aconteceram grandes eventos aqui no passado. Espero que este centro cultural ferva porque a gente não tem um teatro de porte médio como o Aracy Balabanian para a gente levar outro tipo de espetáculo. Estou muito contente e vim prestigiar o evento”, afirmou.

O cadeirante Ricardo Câmara experimentou a acessibilidade do Centro Cultural aos assistir o espetáculo “A verdadeira história do Barão” da Cia Cênica Nau de Ícaros. “É uma alegria ver que um equipamento cultural tão importante como esse, principalmente o teatro Aracy Balabanian que fica no segundo pavimento tenha acessibilidade. Muitos anos esse teatro ficou sem acessibilidade e era muito triste ver tantas coisas importantes acontecendo e não tê-la. Antes tinha uma plataforma que tinha problemas com frequência e agora tem um elevador de último modelo que tenho certeza que não vai dar problema e que vai dar acesso para todos aos espetáculos”, finalizou.