Geral | Da Redação/Com Ministério da Cultura | 16/04/2015 12h51

Movimentos culturais latino-americanos conhecem Lei Cultura Viva

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Ativistas e gestores de redes culturais e movimentos sociais de 7 países latino-americanos. (Foto: Christian Braga) Ativistas e gestores de redes culturais e movimentos sociais de 7 países latino-americanos. (Foto: Christian Braga)

Ativistas e gestores de redes culturais e movimentos sociais de sete países latino-americanos – Argentina, Bolívia, Chile, Equador, México, Uruguai e Venezuela – estiveram, nesta quarta-feira (15), na Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC) para conhecer a Lei Cultura Viva, regulamentada na última semana, e também experiências de participação social utilizadas pelo MinC. 

No encontro, do qual também participaram representantes dos movimentos DF em Movimento e Rede de Cultura Popular, discutiu-se a realização de um intercâmbio que resulte em ações em rede para o fortalecimento de políticas públicas para a cultura e também das iniciativas culturais e de desenvolvimento social espalhadas pela América Latina.

"Estamos experimentando novas arquiteturas de participação social no Brasil. O Ministério da Cultura tem uma enorme capacidade de interlocução e de articulação política com os mais diversos ministérios e movimentos sociais e culturais", destacou a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Ivana Bentes. "Precisamos aglutinar mais ideias e dar solidez ao debate e a ações de cultura de rede na América Latina", ressaltou.

O ativista de direitos humanos Jaime Parada, do Chile, elogiou iniciativas brasileiras voltadas ao desenvolvimento sociocultural. "Em meu país, temos poucas possibilidades de articulação cultural, em especial para a população LGBT. As iniciativas nesse sentido que acontecem aqui no Brasil me tocam profundamente", afirmou.

A engenheira e socióloga venezuelana María Claudia Rossell, da organização Cultura Senda, afirmou que está no Brasil para "hackear" todas as iniciativas de participação social. "Nós nos visualizamos como base para construção de políticas de rede e para uma disputa de narrativa", destacou. A Cultura Senda é especializada na investigação, desenvolvimento e formação sobre cultura de redes.

A senadora boliviana Adriana Salvatierra destacou a importância da parceria com o Brasil no campo da cultura. "É uma alegria poder pensar em política pública em conjunto, perceber o compromisso do Estado e transitar por uma agenda de movimentos articulados no Brasil", afirmou. "Em nosso país, vivemos uma mercantilização cultural muito forte, especialmente do nosso folclore. Precisamos estar em sintonia com o legislativo".

Para o gestor cultural Juan Espinoza, também da Bolívia, é "emocionante" ver as atividades de participação social e políticas públicas na área da cultura do Brasil. "É muito importante ter um espaço sólido de diálogo com o poder público brasileiro. Nossa articulação com o Brasil tem ocorrido por meio da cultura de redes e do Programa Cultura Viva Comunitária".

Os representantes latino-americanos que participaram da reunião estão em Brasília para o encontro Outras Conversas, Otras Miradas, que começou nesta quarta-feira (15) e segue até sábado (18). Promovido pelo coletivo DF em Movimento, o evento tem na pauta encontros com parlamentares, representantes do MinC, secretarias de Cultura e de Economia Solidária e indígenas, entre outros. 

Entre os temas a serem debatidos nos quatro dias estão Lei Cultura Viva, redução da maioridade penal, Marco Civil da Internet, cultura digital, economia colaborativa, formação livre, juventude, política e população LGBT, entre outros.

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