Geral | Da Redação/Com Ministério da Cultura | 27/06/2015 20h48

Cultura contemplada em acordo bilateral entre Brasil e China

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Vice-presidente da República, Michel Temer, e vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Wang Yang (Foto: Larissa Leite) Vice-presidente da República, Michel Temer, e vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Wang Yang (Foto: Larissa Leite)

Amizade, cooperação e entendimento. As palavras resumem o clima da IV Reunião da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Coordenação), realizada hoje, dia 26, no Ministério das Relações Exteriores (MRE). O secretário-executivo do Ministério da Cultura do Brasil (MinC), João Brant, integrou a mesa da reunião, presidida pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelo vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Wang Yang. Os representantes dos dois países assinaram ata que propõe diversas ações em temas internacionais de interesse mútuo, contribuindo em assuntos relativos à governança global. 

A reunião entre os dois países gerou a decisão de criar Fundo Brasil-China de Cooperação para a Expansão da Capacidade Produtiva, no valor de US$ 20 bilhões, dos quais US$ 15 bilhões serão aportados pela China – os valores serão liberados conforme o avanço da definição de projetos prioritários. Os presentes na reunião avaliaram positivamente o desempenho do comércio bilateral, dos investimentos recíprocos e da cooperação financeira entre os dois países. "A troca entre nossos chefes de Estado e governo tem propiciado progressos notáveis, o que nos estimula a continuar trabalhando. Nesse momento, vamos conferir um salto qualitativo às relações bilaterais", afirmou o vice-presidente Michel Temer. Wang Yang, por sua vez, externou que a reunião já trazia resultados satisfatórios e completou: "A Cosban e os mecanismos de diálogo intergovernamental de alto nível tem impulsionado as nossas relações. A cooperação pragmática traz enormes possibilidades na implementação de resultados".

A Cultura é citada no documento que celebra as intenções de cooperação como uma das importantes áreas da parceria estratégica global bilateral, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento mútuo. Logo antes da assinatura da ata, o secretário-executivo do MinC ainda salientou a importância da cultura para o estreitamento de laço de amizade entre os dois povos. "Entendemos que a cooperação na área cultural é fundamental para o estreitamento dos laços e para a intensificação das relações bilaterais", afirmou João Brant, indicando a economia da cultura como o ponto chave dessa cooperação. Segundo o termo assinado entre os dois países, "as partes concordaram em reforçar o intercâmbio na área da economia da cultura e estimular a cooperação entre as indústrias culturais".

Entre as áreas que serão alvo de cooperação, estão o audiovisual, o patrimônio cultural e a literatura. O incentivo à participação de artistas individuais ou grupos artísticos em festivais internacionais de arte e cultura, concursos, exposições e fóruns de caráter internacional realizados no território da outra parte também estão previstos. A Parte Chinesa ainda realizará o Festival Cultural da China durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, ação que integrará o Ano do Intercâmbio Cultural entre a China e os países latino-americanos.Diálogo político

No âmbito da IV reunião da Cosban, foi recordado que em 2014, quando se completaram 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, o Presidente Xi Jinping realizou exitosa visita de Estado ao Brasil, no mês de julho, quando foram assinados 56 atos bilaterais governamentais e empresariais, impulsionando a cooperação entre os dois países.

A Parte chinesa reiterou sua satisfação com a visita oficial do Vice-Presidente Michel Temer à China (Macau, Cantão e Pequim, em novembro de 2013), chefiando a delegação brasileira à III Sessão Plenária da COSBAN. Além disso, ambas as Partes expressaram sua satisfação com a visita oficial do Primeiro-Ministro Li Keqiang ao Brasil, em maio de 2015. Destacaram a assinatura, naquela ocasião, da versão atualizada do Plano de Ação Conjunta Brasil-China (PAC), cuja nova vigência se estende a 2021, e recordaram que o novo texto renova objetivos e metas concretas para a cooperação todas as áreas das relações bilaterais.

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