Geral | Diário Digital | 19/02/2019 06h27

Artistas dão adeus a Dino Rocha

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Em luto, grandes nomes da cultura chamamezeira foram se despedir de Dino Rocha, o rei do Chamamé, na tarde desta segunda-feira (18). No decorrer, de sua longa trajetória o ícone da música regional conquistou muitos amigos e construiu uma carreira admirável que inspira muita gente.

Com várias complicações de saúde, o acordeonista estava há 27 dias internado no Hospital Regional de Campo Grande e faleceu às 19h de domingo (17).

Dono de um talento indiscutível Roaldo Rocha, mais conhecido como Dino, era filho de músicos, mas nunca recebeu aulas para aprender a tocar qualquer instrumento. O dono do título de ‘Rei do Chamamé’ aprendeu a tocar seus instrumentos sozinho, ouvindo música, e se tornou o homem que ajudou a fazer crescer a semente do chamamé em Mato Grosso do Sul.

Para o cantor Jadson, da dupla Jads e Jadson, Dino “foi o maior acordeonista, não existiu outro e não vai existir”.

Fã desde antes de se tornar famoso, Jadson conta que o que lhe impressionava em Dino era a capacidade de ser pioneiro em sua profissão, “acho que nem ele sabia o tamanho da responsabilidade que carregava como músico” lamenta.

Grande amigo de Dino Rocha, o artista regional Aurélio Miranda detalhou com muita saudade e emoção as intensas qualidades do chamamezeiro e contou sobre o legado cultural deixado por ele:

“Sempre um imortal desde o primeiro disco. Criativo, inspirado, um grande amigo desde os shows em cinemas, em cima de caminhões e em praças. Ele escreveu a história do Chamamé em MS e nos representou por diversas vezes. Batalhamos pelo reconhecimento público, mas a ajuda só veio de Deus e do povo. Espero que nossa arte tenha respaldo nacionalmente pelos grandes líderes que comandam o País. Sua legião de fãs está chorando a perda desse monumento histórico que era Dino Rocha”.

Célio Costa atualmente é músico e se sente eternamente grato a Dino, isso porque foi por conta da insistência do amigo que Célio conseguiu se tornar um artista “estou muito sentido, ele era como um pai pra mim” conta o corumbaense que aprendeu muito com o Rei do Chamamé.

Amambai, da dupla Amambai e Amambaí, foi um dos primeiros companheiros de música de Dino e um dos primeiros parceiros em seu lançamento como artista, o primeiro disco gravado pelo ‘rei do Chamamé’ foi com eles e assim Dino se jogou no cenário da música regional.

“Vivíamos mais juntos do que em nossas próprias casas” contou Amambai.

O sepultamento de Dino está marcado para as 9 horas desta terça-feira (19) e acontecerá no cemitério Memorial Park, no bairro Universitário.

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