Artista de 19 anos exibe exposição fotográfica na Feirona

Na próxima quinta-feira (07/08), começa o “3º Festival do Sobá” na Feira Central de Campo Grande, a popular “Feirona”. O festival contará com várias atrações culturais, inclusive com a participação da dupla sertaneja “Guilherme & Santiago”. Mas, o que chama a atenção é uma exposição fotográfica, que retrata o simples e movimentado cotidiano da feira a partir do olhar inusitado da jovem Nathália Tereza do Carmo Taques, de apenas 19 anos. Prestes a se formar em cinema, pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Nathália demonstra ser uma excelente profissional ao exibir seu trabalho intitulado de “A nossa transcendental celebração da vida na Feirona pelas lentes da Arte”, com 24 fotos. Amante da técnica de “Fotografia Preto e Branco”, a fotógrafa optou pelas imagens coloridas para transmitir ao público a alegria, o movimento e a cor singular do local. Em entrevista exclusiva ao site de cultura regional “Ensaio Geral”, a jovem artista falou sobre a exposição e o seu interesse pela arte de fotografar. Ensaio Geral: Como começou a sua paixão pela fotografia? Nathália: Começou no início da faculdade. Eu tinha aula de fotografia, mas não possuía câmara manual. Foi uma amiga, que tinha e me ensinou a usar. Aprendi o que ela me ensinou, e comecei a fotografar. Antes eu gostava de ser fotografada quando era criança, depois eu aprendi a fotografar e agora eu gosto. EG: O que você procura retratar em seus trabalhos? N: O homem e o meio são o que mais me interessa. Esse trabalho da feira é um pouco diferente do que eu faço, até porque eu gosto de trabalhar com preto e branco, mas como a feira é muito colorida, eu procurei retratar bem a cor dela, e o que ela significa pra mim, porque desde pequena eu à feira. EG: É a primeira vez que você expõe? N: É a primeira vez que eu estou expondo. Estou muito feliz com a exposição, minha mãe e meu namorado me ajudaram muito, e eu também tive apoio da Clan Color, da AFECETUR e do JJ Advogados para poder realizar a exposição. EG: Com tantos lugares em Campo Grande, por que a Feira Central? N: Primeiro porque a feira é um lugar especial na minha vida. Eu vou à feira desde pequena e é um lugar que eu gosto muito. A feira é um símbolo de Campo Grande, é um monumento histórico da cidade. EG: Como surgiu a idéia de expor na feira? Você foi convidada? N: Este trabalho sobre a feira central, foi um trabalho documental que eu comecei a fazer para minha escola de fotografia. Fiz todo um levantamento histórico e tive a oportunidade de conhecer a Alzira, que é a presidente da AFECETUR. Daí, ela falou que teria o Festival do Sobá, e gostaria que tivesse uma exposição fotográfica da feira, que seria algo diferente. Ela perguntou se eu gostaria de expor essas fotos, daí eu aceitei e nós começamos a trabalhar juntas. EG: Você acha que o trabalho de fotógrafo tem abertura no mercado ou falta apoio? N: Olha na questão na arte sempre falta apoio e poderia melhorar. EG: Você pretende seguir a carreira fotográfica ou apenas vai praticar como um “hobby”? N: Olha, eu estou terminando a faculdade de cinema e pretendo seguir as duas carreiras profissionalmente. EG: Você já participou de algum concurso? N: Não. Mas se abrir algum concurso que essas fotos se encaixem na categoria, quem sabe. EG: Quais são seus planos para depois que você se formar? N: Bom, eu vou me mudar para New York, para estudar cinema, e vou ver se consigo estudar fotografia também. EG: Você admira alguém no meio fotográfico? N: Tem, bastante gente. Eu vou citar dois brasileiros, o Thiago Santana, que é um fotógrafo documental, e o Walter Firmo, que trabalha com fotografia colorida. Eu vi muitas fotos dele para ver como eu poderia usar as cores neste trabalho. EG: Em qual lugar da feira estão expostas as suas fotos? N: Estão na entrada que dá acesso à rua 14 de julho. EG: Quantas fotos compõem a exposição e até quando elas ficarão expostas? N: São 24 fotos e ficarão expostas até o dia 10 de agosto, quando termina o Festival do Sobá”.