Festival América do Sul | Da redação | 25/05/2018 08h30

Quebra-Torto com Letras traz diversidade literária no FASP

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Imperdível. É assim que o Quebra-torto com Letras é visto pelos admiradores da literatura. Nesta sexta e sábado, no Moinho Cultural, das 8h às 10h30, reúne um time de escritores, poetas, professores, produtores e ativistas culturais que serão responsáveis por grandes momentos literários no Festival América do Sul Pantanal em dois dias de debates, conhecimento e reflexões.

Fica até difícil citar um ou outro destaque entre os convidados. Entre as escritoras está Marlene Mourão, a Peninha, que acaba de lançar em Corumbá a obra ilustrada “Um altar para as valorosas sandálias do Frei Mariano”, com apoio do Fundo de Investimentos do Pantanal (FIC Corumbá), e que teve um livro de poemas referendado, em carta, por Manoel de Barros.

E entre os escritores surgem os tão aguardados Benedito C.G.Lima, poeta e ativista cultural corumbaense, e o contista paulista João Meirelles Filho, ganhador do Prêmio Sesc Literatura de 2017.
Isso sem contar em destaques internacionais como o boliviano Marcelo Sarzuri, natural de El Alto, região do altiplano, a 4100 metros de altitude, escritor e ativista que aborda a descolonização do corpo e os conflitos da educação na América do Sul. O poeta e jornalista paraguaio Mário Rubén Alvarez. E também o poeta e ativista cultura mineiro, radicado em São Paulo, Sérgio Vaz, organizador da famosa Semana de Arte Moderna da Periferia. Sérgio Vaz, que se apresentaria sexta-feira, agora estará na programação do Quebra-torto de sábado, 26, devido a problemas de última hora.

A organização do FASP ainda tentou trazer outras escritoras de renome nacional, como Mary del Priore, Conceição Evaristo, Lilian Schwartz, Ana Miranda, Camila Genaro, mas todas elas estavam impedidas devido a compromissos marcados com muita antecedência em suas agendas.

No entanto, a proposta do FASP foi alcançada com a oferta de uma programação diversificada, reunindo escritores, poetas e contistas de várias tendências e estilos e que abordam em suas obras os temas mais interessantes e por vezes conflitantes da América do Sul. Além de lançar um novo olhar para o fortalecimento do escritor corumbaense.

QUEBRA-TORTO COM LETRAS – PROGRAMAÇÃO LITERÁRIA

25, Sexta-feira (8h – 10h30)

LÍVIA GAERTNER – É jornalista, professora e mestre em Estudos Fronteiriços pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Produtora cultural, integra o “Ixpia Coletivo Cultural”. Como autora, participa de coletâneas de poemas e obras que relatam a produção artística e cultural, como o livro Vozes do Artesanato. Prefaciou a obra “Maria Dadô: o livro”, de Marlene Mourão. Atua em mediações e apresentações de eventos.

BENEDITO C.G.LIMA – Poeta, contador de histórias, ativista cultural, trovador e professor de História, participou de mais de 50 coletâneas no Brasil e exterior. É verbete na Enciclopédia Brasileira de Literatura (MEC) de Afrânio Coutinho. Já lançou livros como “Acordes Para Uma Sonata”, “Harpejos Poéticos Sob a Luz do Plenilúnio” e “Nas Fibras da Sinfônica Saudade”. Fundador da Academia Corumbaense de Letras e a Academia de Literatura e Estudos de Corumbá (ALEC). Nasceu em Bauru e se tornou corumbaense de coração.

HENRIQUE DE MEDEIROS – Escritor, publicitário e jornalista, graduado em Comunicação Social pela Universidade Gama Filho (RJ). Autor de livros como “O Azul Invisível do Mês que Vem”, “Pirâmide de Palavras” e “Que as Dores se Transformem em Cores”. É presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL).

MÁRIO RUBÉN ALVAREZ – Natural de Potrero Ybaté, Paraguai, poeta e jornalista, estudou Comunicação na Universidade Católica e guarani no Instituto de Lingüística Guaraní. Possui uma extensa carreira como radialista e jornalista. Lançou vários livros de poesia e como pesquisador de arte popular publicou a coletânea “Las Voces de La Memoria” e o livro “Folklore Paraguayo”. Membro da denominada “promoción del 80”, professor de guarani no Instituto de Lingüistica Guaraní del Paraguay. Duas vezes vencedor do Concurso de Poesia do Instituto de Cultura Hispánica.

ANDRÉ LUIZ ALVEZ – É formado em Comunicação Social, Publicidade e Propaganda pela Unisa-SP. É cronista, presidente da União Brasileira de Escritores (Seção MS) e autor de “Crônicas da Cidade”, “O Santo de Cicatriz”, “A Bruxa da Sapolândia” e “No Pantanal Não Existe Pinguim”.

EDSON SILVA (Mediador) – Doutor em Comunicação e Jornalismo pela Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha, é professor no curso de jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Desenvolve e orienta diversos trabalhos sobre comunidades faveladas, carvoeiras, entre outros. Ganhador do Prêmio Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) com a reportagem “O Ninho da Tortura” e prêmio Wladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos com “Trabalhadores do Carvão”.

ROSÂNGELA VILLA (Mediadora) – Professora e colunista, possui Pós-Doutorado em Sociolinguística e Dialetologia pela Universidade de Coimbra/Portugal (2011); Pós-Doutorado em Estudos Portugueses/Linguística da Língua Portuguesa pela Universidade de Coimbra (2005). Doutorado em Sociolinguística e Dialetologia pela UNESP. É Professora Associada da UFMS, instituição em que orienta e leciona no Mestrado em Estudos de Linguagens (CCHS). Na graduação em Letras leciona linguística e sociolinguística. É autora e organizadora de vários livros e autora da coluna semanal Coisas da Língua, no Jornal Diário Corumbaense.

26, Sábado (8h-10h30)

MARLENE MOURÃO – Peninha, como é conhecida, é chargista, pedagoga, artista plástica, ilustradora, serigrafista e escritora. Tem quatro livros publicados. “Azul dentro do banheiro”, livro que rendeu uma carta de Manoel de Barros sobre sua poesia e que, após 42 anos, será editado pelo Arrebol Coletivo; “Mariadadô – o livro” (charge); o infantil “Pacu era um peixe que vivia feliz nas águas do rio Paraguai”; e a reconstrução histórica “Um altar para as valorosas sandálias do Frei Mariano”. Todos ilustrados pela própria escritora. Neste ano Peninha é focalizada no projeto Arte da Palavra, da Rede Sesc de Leituras, com a oficina “O desenho como instrumento de expressão, comunicação visual e verbal” nas cidades de Jataí (GO), Palmas (TO), Uruguaiana (RS), Brasília (DF) e Maceió (AL).

JOÃO MEIRELLES FILHO – Ganhador do Prêmio Sesc de Literatura 2017, é ativista ambiental e empreendedor social. Há 20 anos trabalha no Instituto Peabiru, que atua no campo dos direitos sociais e ambientais. Nascido em São Paulo, dedica sua vida à Amazônia e, em especial a Belém, no Pará, onde reside com sua mulher, desde 2004. O livro de contos “O Abridor de Letras” representa a sua primeira incursão no campo da ficção depois de 35 anos como escritor. O autor se interessa pelos que vivem na fronteira e seus problemas.

MARCELO SARZURI – Natural de El Alto, região que fica a 4.100 metros de altitude, no altiplano da Bolívia. Pesquisador em interculturalidade e descolonização no Instituto Internacional de Integración del Convenio Andrés Bello (IIICAB), coordena e publica na revista “Integra Educativa”. Autor de “Educar al Otro. Dilemas de la Educación Intercultural”, de 2011, “La Asamblea en La Escuela -Hacia Una Radicalización de la Democracia en la Educación”, de 2015. Coordenou os livros “Escenarios Descolonizadores”, de 2012, e “En los Límites de la Descolonización. Debates sobre Teorías y Prácticas Conflictivas”, de 2017.

RUBÊNIO MARCELO – Cearense de nascimento, mas sul-mato-grossense de coração, é poeta, escritor e compositor, membro e secretário-geral da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras e filiado à União Brasileira de Escritores. Autor de doze livros publicados e três CDs. Colunista da Revista Destaque e do caderno de cultura do jornal Correio do Estado, de Campo Grande, onde mora. É advogado inscrito na OAB-MS.

SÉRGIO VAZ – Poeta, cronista, produtor e ativista cultural. Nascido em Ladainha, Minas Gerais, muda-se criança para Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo. Em 2001, organiza a Cooperifa, cooperativa de artistas da periferia. Em 2006, grava um disco com 25 poetas da Cooperifa declamando seus textos. Organizou a famosa Semana de Arte Moderna da Periferia e seus poemas chamaram a atenção por discorrer com maestria sobre a criação e os desdobramentos da Cooperifa. Em 2009, desenvolve o projeto Cinema na Laje e é eleito pela revista Época uma das 100 pessoas mais influentes de 2009 no Brasil.

HENRIQUE DE MEDEIROS – Escritor, publicitário e jornalista, graduado em Comunicação Social pela Universidade Gama Filho (RJ). Autor de livros como “O Azul Invisível do Mês que Vem”, “Pirâmide de Palavras” e “Que as Dores se Transformem em Cores”. É presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL).

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