A II Semana Mais Cultura tem continuidade hoje com uma série de apresentações a partir das 7h em diversos espaços do câmpus de Campo Grande.

A partir das 9h30 na Escola de Administração e Negócios (ESAN) o grupo Tri-Ato Núcleo Cênico da UFGD apresenta “Cantigas dum Fazedô”, peça na obra de João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina. No espetáculo a musicalidade é executada pelos próprios atores em cena, através de canções originais. As cantigas feitas apenas com a voz denunciam a arte que está presente no cotidiano retirante, e como serve de fuga para o sofrimento de uma “vida severina”. A proposta é criar um ambiente imersivo, que traga o público para o drama proposto em cena. Trata-se da história de um retirante, Severino-Maria-José-Etc, que cansado de lavrar um campo seco e da fome que sente, sai em busca de pastagens verdes e água para amolecer seus pés duros e cansados. É homem de coragem, um fazedô que sabe contar histórias e canções até das coisas tristes que vê. No meio do caminho, encontrará figuras típicas do sertão nordestino, todas alegorias desse binômio, pessoas cuja existência parece estar suspensa por um fio, no limite entre a morte e a vida. A dramaturgia é de César Rodrigues e Igor Schiavo; a direção de Igor Schiavo e Karla Neves; e o elenco é composto por Antonio Júnior, Eric Serafim e Jaqueline Altenhofer.

A partir das 11h, no Anfiteatro do CCHS, acontece a mostra de curtas Ava Marandu – Os Guarani Convidam. “O projeto tem como objetivo sensibilizar a população, em geral, para as violações dos direitos humanos que afligem, principalmente, os Guarani-Kaiowá e Ñandeva de Mato Grosso do Sul, uma população superior a 40.000 pessoas”, informa Espíndola, que é responsável pelo departamento de comunicação/SID, no ambiente virtual do Governo Federal. Ava Marandu – os Guarani convidam foi desenvolvido no estado de Mato Grosso do Sul, no período de janeiro a junho de 2010. Uma ação cultural que envolve os povos indígenas Guarani como protagonistas de debates e de diversos trabalhos artísticos. O evento foi um esforço conjunto desenvolvido pelo Pontão de Cultura Guaicuru com o apoio do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/Minc), juntamente com o apoio de outros patrocinadores. Há no projeto, a contribuição do governo, sociedade civil e também a participação das Nações Unidas, no empenho a favor dos direitos humanos e da preservação da cultura indígena.

Às 14h na Unidade VI a Camerata Viver Bem se apresenta. O projeto atende 50 crianças e adolescentes de 08 a 18 anos de idade e tem como objetivo capacitar gratuitamente crianças e adolescentes que estudam em escolas públicas em oficinas de músicas (instrumentos de orquestra), desenvolvendo a concentração, a disciplina e o raciocínio lógico, reduzindo assim o índice de evasão escolar pelo oferecimento de atividade prática que atende o aluno em contra turno escolar .

Às 15h no Anfiteatro do curso de Arquitetura e Urbanismo a professora Priscilla de Paula Pessoa e o acadêmico Luis Felipe Salgado Rocha falam sobre o processo criativo da obra Senhorio Brasileiro, executada nas paredes do Restaurante Universitário. Os murais têm a intenção, através de retratos de indígenas de diferentes etnias nacionais, de rememorar uma das principais fontes culturais do povo brasileiro, bem como instigar o debate acerca da questão indígena e sua vivência (ou sobrevivência) em sociedade e no meio acadêmico.

Das 17h às 17h30 na Faculdade de Computação (FACOM) haverá a apresentação do Coral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, regido por Nilo Cunha. Às 20h, na Unidade 10 da ESAN, se apresenta o Coro Lírico Cantarte, regido por Luzmena Ferraz e com preparação vocal de Edineide Dias.

Às 20h também, no Teatro Glauce Rocha acontece o Espetáculo de Música e Poesia Barroca, com a participação da Camerata Madeiras Dedilhadas da UFMS, regida pelo professor Marcelo Fernandes. Haverá solos e a direção musical do professor Davi Castelo e a declamação poética do professor Geraldo Vicente Martins.