Festival | Da Redação/Com Diário Corumbaense | 05/09/2015 23h36

Festival de Pipas atrai crianças para diversão e orientação no Poliesportivo

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As pipas de menor e maior tamanho, além de engenhosidade e beleza, foram premiadas. (Foto: Reprodução/Internet)

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A manhã deste sábado (05), foi de olhar voltado para o céu na rua Porto Carrero, por conta de dezenas de crianças que participaram do III Festival de Pipas, realizado no Complexo Poliesportivo. O intuito da ação foi divertir os pequenos, mas também dar orientações de segurança nesta brincadeira que vem causando preocupação na cidade devido aos episódios de acidentes provocados pelo uso de cerol.

“O Festival de Pipas já é um evento tradicional que ocorre no mês festivo do aniversário de Corumbá. Neste ano, mais de cem crianças fizeram suas inscrições e estiveram presentes na atividade. Recebemos representantes da Infraero e da Aeronáutica que através de palestras alertaram as crianças sobre os cuidados que devem ter ao soltar pipa. É uma brincadeira saudável, mas que precisa de alguns cuidados, como não soltar em locais com fios elétricos, próximo ao aeroporto e não usar o cerol. Foi uma manhã de divertimento e de conscientização tanto para as crianças quanto aos pais”, afirmou ao Diário Corumbaense, Elvécio Zequetto, diretor-presidente da Fundação de Esporte de Corumbá.

Os participantes concorreram em três categorias: menor tamanho; maior tamanho; engenhosidade e beleza. Só concorria quem permanecesse com a pipa no ar por pelo menos três minutos. Os três primeiros colocados de cada categoria foram premiados com medalhas e ainda receberam um brinde surpresa. Houve ainda o sorteio de uma bicicleta “zero”.

Além de educativo, o evento proporcionou uma aproximação entre pais, tios e filhos. Flávio Delmon, de 31 anos, fez questão de acompanhar o filho Flávio Júnior, de 08 anos, na brincadeira. “Moramos no bairro Popular Nova e lá sempre temos problema com cerol, quando soltamos pipa tenho sempre que estar próximo dele para que nada ocorra. Hoje, eu vim para brincar com ele, pois aqui é o local apropriado, não há fios elétricos, ficamos mais tranquilos”, afirmou.

João Pedro Flores, de 08 anos, mora no conjunto habitacional Padre Ernesto Sassida e disse que lá, soltar pipa está ficando difícil. “Soltamos pipa sempre no final da tarde, pois é nesse horário que temos mais tranquilidade. Se soltarmos ao logo do dia, corremos perigo de sofrer algum acidente ou perder a pipa, pois tem muitas pessoas, homens até, que soltam pipa com cerol. Um acidente já aconteceu perto da minha casa, uma dona caiu de motocicleta”, contou o menino, que queria aproveitar ao máximo a brincadeira no Complexo Esportivo.

E para quem pensa que só menino solta pipa, está enganado. A Meiryelle Alencar, de 11 anos, afirmou que além de soltar, sabe fazer pipa. “Meu tio me ensinou a soltar pipa e gosto muito. Eu e meus amigos da rua de minha casa sempre brincamos aos finais de semana. Primeiro montamos as pipas e depois soltamos, é bem divertido”, afirmou.

As pipas de menor e maior tamanho, além de engenhosidade e beleza, foram premiadas

Um grupo de jovens, aparentando ser adolescentes, começou a soltar pipa com uso de cerol nas imediações dos trilhos da ALL por volta das 09h30. Eles conseguiram “torear” algumas pipas dos participantes do festival. A guarnição do 6º Batalhão de Polícia Militar estava no local, realizou rondas, mas ninguém foi identificado. As pipas com cerol foram eliminadas do local e a brincadeira continuou.

O cerol - O cerol é uma mistura de cola com caco de vidro moído que posteriormente é aplicada às linhas dede pipas com a finalidade de cortar a linha de outras pipas. Adversárias.

O saldo dessa irresponsabilidade é que ao final dessas brincadeiras ficam pelas ruas pedaços de linhas que são praticamente invisíveis aos olhos de quem trafega conduzindo veículos ciclomotores. E quando esses condutores inadvertidamente se chocam com a linha de pipa contendo cerol, acabam atingidos principalmente nas mãos, braços, tronco, pescoço e rosto.

As linhas com cerol possuem uma enorme capacidade de corte e provocam ferimentos profundos que são potencialmente mortais quando atingem a região do pescoço.