Festival de Parintins escolhe jurados em MS para um dos maiores eventos do País

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Três dos 10 jurados que vão decidir o boi bumbá vencedor do Festival Folclórico de Parintins, festa que acontece no Amazonas, são de Mato Grosso do Sul. O presidente da comissão também é daqui. Isso significa que, este ano, MS é o Estado que terá maior importância no julgamento da festa que ocorre há 48 anos. O evento começa nesta sexta-feira (28) e termina no domingo (30).


O restante do grupo é formado por representantes do Rio Grande do Norte e da Bahia. O sorteio para escolher o júri aconteceu no último sábado (22) e foi presidido pelo secretário de Cultura do Amazonas, Robério Brag.


Esta semana, representantes da festa estiveram em Campo Grande para selecionar os currículos dos candidatos e definir a bancada.


Integrante da torcida do boi Caprichoso, Jender Lobato, de 30 anos, informou que a equipe recebeu pelo menos 20 inscrições. “Além dos três jurados vocês vão fornecer o presidente da comissão julgadora”, explicou, ao comentar o “peso” de MS na definição dos vencedores desta edição.


té 1987, a disputa entre os bois Caprichoso (azul) e Garantido (vermelho), que marcam a festa, acontecia no centro de Parintins. Em 1988, foi construída uma arena, para onde as apresentações foram transferidas.


O “bumbódromo” recebe, nas três noites de disputa, cerca de 100 mil pessoas. Como este ano será comemorado o centenário, os organizadores esperam receber pelo menos 200 mil visitantes e, na arena, 40 mil por dia.


Desta vez, completou Jender, o boi Caprichoso tem como tema “o centenário de uma paixão”, enquanto a torcida do Garantido, o adversário, sai às ruas anunciando “o boi do centenário”. A disputa promete.

O festival acontece em Parintins, cidade de 140 mil habitantes que fica a 325 quilômetros de Manaus. A festa, considerada uma das maiores atrações regionais do Brasil, está no calendário oficial de eventos da ilha desde 1965. Por sua importância e dimensão, o evento pode ser comparado às grandes manifestações carnavalescas que ocorrem em todo o país.


A festa é marcada por uma rivalidade centenária entre dois grupos que encenavam, nas ruas de Parintins, o folclore do boi-bumbá, variação do bumba-meu-boi nordestino.


Nas ruas, os bois – Caprichoso e Garantido – encenam a lenda de Catirina, uma roceira que teve o desejo de comer língua de boi durante a gravidez. Para satisfazer o desejo dela, o marido de Catirina, Negro Francisco, mata o boi favorito de seu patrão. Ele acaba sendo ameaçado de morte, mas um pajé o ajuda e ressuscitar o boi.