Festival | Da redação | 09/07/2016 12h16

Cia Druw revela imaginário de Tarsila do Amaral em Bonito

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A Cia de Dança Druw traz a história de uma das mais importantes personagens das artes plásticas brasileiras do século XX. A paulista Tarsila do Amaral (1886/1973) é o tema do espetáculo, que mistura dança e teatro infantil, programado para o Festival de Inverno de Bonito (FIB) no dia 31 de julho, às 18h, na Praça da Liberdade.

“Vila Tarsila” transporta a plateia para um período em que a artista plástica fez uma série de viagens pelo país que serviu de inspiração para alguns de seus trabalhos mais célebres. A diretora e coreógrafa Miriam Druwe cita como exemplo a tela “O Abaporu”, de 1928, uma das obras mais conhecidas de Tarsila e um ícone do modernismo brasileiro. “Nesse espetáculo ‘o homem que come gente’ se levanta e dança”, revela.

Uma das técnicas usadas para aproximar a plateia do universo de Tarsila é a projeção de imagens. O objetivo é passar a ideia de como a pintora se inspirava e de que maneira as paisagens a despertavam para o fazer artístico. Durante o espetáculo a personagem de Tarsila transita entre os bailarinos, pelas brincadeiras corporais e vai revelando, pouco a pouco, a relação que a artista tinha com o mundo em que vivia.

Companhia

A Cia Druw vem desenvolvendo sua trajetória no cenário artístico da dança contemporânea por meio de uma intensa atividade. O foco é pesquisa, criação, difusão e formação cultural. Criada em 1996 pela bailarina e coreógrafa Miriam Druwe (campo-grandense que foi para São Paulo ainda pequena), a Cia Druw experimenta novas possibilidades de pesquisa e criação. Seus temas percorrem caminhos variados, com um estilo coreográfico que passeia de forma bem humorada e reflexiva por temas do cotidiano e questões internas e externas da natureza humana.

Reconhecida pela crítica e convidada a participar de vários eventos e festivais de dança em todo o país, a Cia Druw cria espetáculos para contribuir na formação de público para a dança contemporânea, com temas atuais de interesse geral. O desenvolvimento técnico e a busca de uma linguagem própria aproximaram a companhia de questões e conteúdos pedagógicos.

Enveredar pelo universo das artes plásticas é prática recorrente nos trabalhos coreográficos de Miriam Druwe desde o ano de 2007, quando foi iniciada a obra “Lúdico”, inspirada em Kandinsky, com sua pintura não figurativa. Desde 2009, com “Vila Tarsila”, a modernista Tarsila do Amaral vem sendo referenciada pela companhia. Em 2011, a diretora estreou “Girassóis” inspirado na obra de Vicent Van Gogh. Os três trabalhos possuem vasto campo de exploração de conteúdo a serem utilizados partindo de artistas muito trabalhados nas escolas como Kandinsky, Tarsila do Amaral e Van Gogh.

Mais informações: www.festivaldeinvernodebonito.com.br

SERVIÇO

Vila Tarsila – Cia Druw

31 de julho (domingo)

18H

Praça da Liberdade

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