Feira | Com Campo Grande News/ Thailla Torres | 25/06/2019 08h41

Feira Literária de Bonito terá Negra Li e homenagem às mulheres

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Mulheres protagonizam Feira Literária de Bonito 2019. Na 5ª edição, a Flib será realizada de 3 a 6 de julho, na Praça da Liberdade, com o tema “Literatura: Substantiva e Feminina” que vai contemplar a literatura feita por mulheres. Em nível nacional, a escritoras Cinthia Moscovich, Cidinha da Silva e Eliane Potiguara fazem parte da programação e a cantora Negra Li solta a voz, no dia 6 de julho.

A praça será o espaço principal para atividades lúdicas fundamentadas no texto literário, trabalhos com textos das autoras homenageadas, contadores de histórias, teatro de bonecos e também oficinas de criação literária, de formação de leitores e de qualificação de professores.

Os três dias de programação seguem com a presença de autoras brasileiras contemporâneas, apresentando suas obras e discutindo questões pertinentes à literatura e à cultura a partir do tema da edição. Também serão homenageadas as autoras Marina Colasanti e Lélia Rita de Figueiredo.

Literatura - Entre os destaques convidados estão Eliane Potiguara que é escritora, ativista e empreendedora indígena. Em 2005, foi indicada ao Prêmio internacional “Mil mulheres ao prêmio Nobel da Paz”. Cidinha da Silva é prosadora e dramaturga. Organizou duas obras fundamentais para o pensamento sobre as relações raciais contemporâneas no Brasil: Ações afirmativas em educação: experiências brasileiras (2003) e Africanidades e relações raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil (2014). Também premiada, Cintia Moscovich é escritora, jornalista e mestre em Teoria Literária. Em 1996, publicou sua primeira obra individual, O reino das cebolas, que mereceu a indicação ao Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro.

Através do texto e da voz das mulheres, a ideia é compor e expor novas relações privadas da exploração, da apropriação e da proibição que lhes são culturalmente impostas. Literatura substantiva porque lhe cabe novas formas de existência, novos valores sociais, éticos e, essencialmente, políticos.

Shows - Na música, a programação principal é com Negra Li que traz o novo álbum “Raízes” que vai do rap ao R&B em uma linguagem própria da artista. Composições marcadas pelo forte discurso político e racial, como a própria faixa-título do disco, além, claro, de músicas em que reflete sobre o próprio universo particular, como “Mãos Pequenas”, uma delicada reflexão sobre a maternidade.

Também se apresentam no festival a DJ Tamys, formada em psicologia, feminista e co-fundadora do bloco de carnaval “Calcinha Molhada”. Mel Dias, que já dividiu line ups com Baco Exu do Blues e Marina Peralta também se apresenta. De voz forte e expressiva, ela tem expandido seu trabalho autoral que ressalta o empoderamento da mulher negra e periférica.

O tema escolhido tem a proposta de dar voz e verbo a uma produção intensa e, ainda, pouco conhecida. “Com a exceção de grandes nomes como Cecília Meireles, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Teles, Carolina de Jesus e Cora Coralina, poucas são as autoras acolhidas pelo grande público”, diz a professora Maria Adélia Menegazzo.

O projeto pretende reunir nos três dias – 3 a 6 de julho - de evento cultural 6 mil pessoas entre estudantes, professores, público em geral. A programação será das 9h às 22h. A entrada é gratuita.

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