Destaques | Da Redação | 27/04/2020 07h19

Ícone da cultura pantaneira falece aos 101 anos

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O mestre do cururu e da viola-de-cocho, Agripino Soares Magalhães, faleceu neste domingo (26), aos 101 anos. Ícone da cultura do Pantanal e de Mato Grosso do Sul, o centenário cururueiro residia nas barrancas do Rio Paraguai, em Corumbá, e contribuiu decisivamente para o resgate das manifestações culturais da região, em especial o Banho de São João, onde se apresentava na cerimônia de referência ao santo.

'Seu Agripino', como era popularmente chamado, era uma das únicas pessoas vivas em Mato Grosso do Sul aptas a construir artesanalmente uma viola de cocho, feita a partir de um tronco de madeira inteiriço. Seu amor pela arte motivou vários jovens na confecção da viola artesanal, que ganhou o reconhecimento nacional com a inscrição do instrumento no Patrimônio Imaterial do Livro dos Saberes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2005.

A viola é o principal instrumento utilizado para tocar cantigas que acompanham as danças típicas cururu e siriri, apresentadas em festas tradicionais e festejos religiosos de regiões do Pantanal.

Artista era um dos ícones da cultura pantaneira (Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)

A morte de 'Seu Agripino' deixa uma lacuna na cultura sul-mato-grossense. Seu velório aconteceu no início da tarde de ontem (26), na capela Cristo Rei.

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