Com a temática “O brincar que abraça a diferença”, unidades escolares da Rede Municipal de Ensino (Reme) aderiram a Semana Mundial do Brincar que acontece até o dia 02 de junho com foco no respeito às diferenças. A ideia é proporcionar às crianças, atividades recreativas com a intenção de incentivar o seu desenvolvimento, permitir a criatividade e imaginação.

A ação que é divulgada pela ONG “Aliança pela Infância”, busca com a nova temática, levar à reflexão do convívio entre as diferenças, introduzindo no mundo das crianças, um envolvimento de discussões sobre tolerância, cultura de paz, de mediação, do conversar e dialogar.

Na Reme, as unidades escolares elaboraram cronogramas de atividades diferenciados, também destacando a importância do brincar no processo de aprendizado do aluno. Na escola “Professor Wilson Taveira Rosalino”, localizada no bairro Aero Rancho, o evento já está em sua 8ª edição. A unidade também atende a Educação Infantil, nos grupos quatro e cinco, num total de 312 crianças.

Uma das organizadoras, a coordenadora pedagógica Marlete Correia, comentou sobre sua ação da Semana do Brincar na sua unidade.

“Nosso objetivo é levar para essas crianças o brincar. Todos os anos proporcionamos momentos de diversão, interatividade e criação. Estamos trabalhando os contos clássicos. É de suma importância trabalhar essa faixa etária. As crianças vão vendo o comportamento dos personagens que eles gostam”, disse.

O estudante do Pré II, Luigi de Souza Lopes, de apenas cinco anos falou da emoção de participar do evento.

“Estou gostando porque sempre quando tem uma brincadeira é muito legal. Eu gosto de historinhas, brincadeira de fantasia, a do tigre, gosto dos Vingadores também e de brincar de carrinho”, enfatizou o pequeno.

Para a dona de casa Lila Soares, mãe da aluna Giovana Marques, do 5º ano, que se apresentou com um grupo de dança de balé para outras crianças menores, as atividades proporcionam benefícios a sua filha, como disciplina e diversão.

“Eu acho importante porque as meninas têm tempo de aula e de diversão. As crianças aprendem a ser disciplinadas. Elas só podem fazer o balé se elas tiverem bem em sala de aula. Minha filha é muito presente na escola e acho isso importante”, comentou.

Interatividade

Nas EMEIs, (Escolas Municipais de Educação Infantil), a proposta está sendo trabalhada desde o berçário, promovendo a socialização, inclusive, entre crianças de turmas diferentes como na EMEI Coração de Maria, onde as professoras organizaram atividades esportivas e até de culinária, mesclando turmas com idades diferentes.

Teatro, pintura, cinema invertido, produção de brinquedos e gincanas também estão na lista de brincadeiras que irão divertir os pequenos até o final da semana.

“Teremos atividades lúdicas e brincadeiras planejadas, pensadas pela equipe pedagógica para promover a integração de todas as crianças das salas do grupo 1 (berçário) ao grupo 4 (pré-escola). Queremos estimular o brincar como forma de aprendizagem, descontração e ludicidade”, disse a assistente de Educação Infantil, Larissa Alves.

Já na EMEI Clotilde Chaia, o diretor Ricardo Henrique de Souza contou que a equipe da unidade teve a ideia de utilizar materiais não estruturados para as brincadeiras depois de realizar estudos sobre o brincar e de assistir o documentário “Caramba Carambola, o brincar está na escola”.

“O brincar faz parte do cotidiano da nossa Instituição, mas nessa semana tentamos trazer algo que por vezes não é tão vivenciado pelas crianças e até esquecido. Deixamos de lado os brinquedos industrializados, e numa mobilização dos nossos educadores e pais conseguimos materiais diversificados para servirem de suporte para as brincadeiras, uma inspiração que nos veio através de estudos e do documentário”, explicou.

Os espaços foram organizados com cada material selecionado, para as crianças brincarem livremente. Eles contam com caixas de papelão, bobinas, carretéis, pedaços de madeira, utensílios de cozinha e outros materiais que não fazem parte da rotina escolar. Com eles, os alunos estão construindo carros, pontes e pistas de carrinho.

“Participar dessa mobilização da Aliança pela Infância nos conecta e nos faz repensar sobre o sentido da brincadeira e do brincar para as crianças”, concluiu o diretor.