Entrevista | Por Luiz Vinicius | 09/04/2014 14h31

Marcos Jerônimo Miranda Espíndola

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Jerry Espíndola

Jerry Espíndola, natural de Campo Grande, atua a 32 anos na ramo da música até hoje. Saiu da cidade para aprender coisas sobre música e depois de um tempo, não saiu mais de Campo Grande. Jerry atualmente toca com a banda Pétalas de Pixe. O cantor hoje, está com 49 anos e este mês, figura no site do Ensaio Geral para contar um pouco sobre sua trajetória de sucesso.

Ensaio Geral: Jerry, você é o irmão mais novo da família certo. Faz quanto tempo que você está na carreira de cantor? Como surgiu o gosto pela música, teve alguma influência e quando decidiu ser cantor?
Jerry:
Acho que desde que eu nasci (risos), mas atuando com meu trabalho como Jerry Espindola comecei em 1982, faz 32 anos, comecei cedo com 18 anos. Influência básica foram meus irmãos, colei neles e eles me ensinaram um pouquinho das músicas deles, acho que essa foi minha influência. Decidi ser por livre espontânea pressão (risos), na verdade eu achava que não iria ser cantor, dizia para minha mãe “Não vou ser cantor não, vou ser Engenheiro, jogador de Futebol”. Quando tinha 15 anos comecei a tocar violão e ai não teve jeito, eles na estrada e você sendo o mais novo e para mim foi mais fácil por que já tinham eles, já tinham arrebentado as porteiras. Deu que acabei entrando nessa também.

Ensaio Geral: No início da sua carreira, você tocou em uma banda em São Paulo? Como foi tocar nessa banda? 
Jerry: Comecei em 1982, em 1983 mudei para São Paulo, porque naquela época você precisava sair e até hoje precisa. E São Paulo é uma grande escola né e naquela época ainda tinha as gravadoras e elas ficavam em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mudei nessa para poder evoluir, por que Campo Grande não tinha um limite como tem hoje e fui pra lá. Chegando lá fui convidado para ser vocalista dessa banda “Incontroláveis”, nessa banda eu fiquei uns 7 anos, foi bem na época que apareceu o movimento do Rock brasileiro, então SP tinha muitas bandas e a gente era uma das 2 mil bandas anônimas e tocávamos muitos, lá tinha muito espaço e o Rock estava muito em alta. No final desses sete anos nós fizemos um LP que foi produzido pelo Maria Manga que é guitarrista conhecido em São Paulo e nos últimos shows da banda, tínhamos um público considerado e fazíamos evento nosso que tinha 500 pagantes que era o público, nossos fãs. Até chegar aos Incontroláveis, tinha influência do MPB e foi lá que eu aprendi sobre o Rock, a galera me apresentou o Rock’n Roll de um modo geral, por que quando eu era jovem escutava o rock progressivo como Pink Floyd essas coisas e lá conheci bandas como Rolling Stones, Erick Clapton e esse lance do rock mesmo que eu não era muito chegado, eu era mais chegado ao MPB.

Ensaio Geral: Jerry, você é considerado um ícone por mudar o cenário da música sul-mato-grossense. Como você avalia isso? 
Jerry: Eu trabalho muito né, então acho que isso é consequência do meu trabalho. Eu fiquei 9 anos em São Paulo e voltei em 1992 pra cá e desde então não parei de trabalhar. Em 1995 comecei a tocar em barzinhos que foi uma experiência que eu não tinha tido ainda e que foi muito importante para mim. E no bar toquei mais de 500 músicas, coisa que eu nunca tinha feito, músicas de muitos compositores e depois de tocar em bar formei o “Tons e o Jerry” que era uma banda, basicamente foi à primeira banda pop conhecida aqui. E esses 5 anos de bar acabaram me dando um público muito grande e cominou no meu primeiro CD solo que é o “Pop Pantanal” que eu lancei em 2000, então quando lancei o CD eu já tinha feito um público grande numa época que não tinha internet e tal. A partir do Pop Pantanal vamos dizer que eu me “profissionalizei” por que quando saiu o disco eu fiz muita divulgação, fiquei muito conhecido no estado e vendi muito e teve uma tiragem de 4 mil esgotadas que era um disco vendido corpo a corpo, vendido para esse público que me conhecia. Eu acho que a partir do disco, eu me profissionalizei e logo depois veio o “Jerry Croa” que é o lance da polca rock, então vamos dizer que eu cumpri uma etapa em Campo Grande, fiz meu nome aqui, me consolidei e ai com a polca rock eu sai e fui me consolidar perante a crítica e os artistas brasileiros, então comecei a ser respeitado por que começamos a fazer uma música que o Brasil não conhecia e ninguém fazia que fosse levar essa informação da polca paraguaia e o chamamé dentro do pop rock, então foi muito bem recebido com esse trabalho fora daqui, tanto por artistas e por críticos.

 

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