“Marcha das Vadias” leva a mulherada para as ruas com pedido de respeito
A ousadia apareceu mais no nome do que na manifestação propriamente dita. A “Marcha das Vadias”, que pelo mundo exibe mulheres com a liberdade expressada em pouca roupa, em Campo Grande a primeira edição teve a maioria de calça jeans e uma ou duas com saias mais curtas ou tops. A vestimenta pode não ser o ponto principal, mas diz muito sobre o motivo do inicio do protesto em Toronto, no Canadá. Durante palestra em uma universidade, um policial sem noção soltou um conselho para lá de machista. Disse que mulheres deveriam parar de usar roupas de vadias (ou slut, em inglês) para evitar estupros. Foi a gota d’água para um desabafo feminino mundial. Em Campo Grande, na manhã deste sábado, os cartazes e os gritos de guerra diziam tudo: “Não sou vadia quero respeito. Mulher não é só bunda e peito”. Para Carla Melo, até as palavras têm pesos diferentes para homens e mulheres. “Quando chamam o homem de vadio é diferente, ele é vagabundo. Já a mulher vadia tem conotação sexual”. No frigir das ideias, o que a mulherada quer é mostrar o quanto o machismo existe e produz violência, apesar de tantas campanhas contra. Mostrar que coisas da rotina, como sair de bermuda ou saia curta em uma cidade de 40 graus a sombra, ao olhar de uma sociedade equivocada parece exibicionismo. Na Praça do Rádio Clube, representantes de entidades como a Articulação da Mulher Brasileira, regional MS, e Laboratório de Estudos sobre Violência e Sexualidade, começaram o dia com MPB e seguiram com discursos e marcha. Um dos números apresentados foi o de 281 estupros em um ano em Campo Grande o que provocou apenas 23 mandados de prisão. “Os governos têm de ter ações contra isso especificamente, a violência sexual”, reclama uma das integrantes da Articulação da Mulher, Valéria Montserra. As entidades têm propostas que devem ser repassadas ao pode público, mas antes querem debater a questão com a comunidade, o que começa pela manifestação de hoje. Um dos pontos polêmicos é a liberação do abordo. Como na época em que as mulheres queimavam sutiã em praça pública, ainda hoje esse assunto é tabu. “Quem não tem condição de ter um filho, tem de ter o direito de escolher se quer ou não ter essa criança”, defende Valéria. Yasmim Braga lembra de projeto de lei que tramita no Congresso para criar a “Bolsa Estupro”, um auxílio à mulher que engravidou após ser vítima de violência sexual. “Isso é um absurdo, o movimento é contra. A mulher tem de ter o poder de não ter esse filho”. Da Redação/Com Campo Grande News
-
Dupla da Capital, Hugo e Eduardo lançam feat com Clara Barreto
Dupla da Capital, Hugo e Eduardo lançam feat com Clara Barreto
-
Samba toma conta do Som do Sesc no encerramento de abril
Samba toma conta do Som do Sesc no encerramento de abril
-
O Homem dos Sonhos: Explicamos o final do surreal novo filme com Nicolas Cage
O Homem dos Sonhos: Explicamos o final do surreal novo filme com Nicolas Cage
-
Espetáculo Ir e Vir: Cidadão Vigilante chega a São Gabriel do Oeste
Espetáculo Ir e Vir: Cidadão Vigilante chega a São Gabriel do Oeste
PARCEIROS
- Quarta-feira, 24 de Abril de 2024
- Geral Nova Andradina recebe turnê do Capital Inicial Com foto Com vídeo
- Geral Uma cena de Rebel Moon foi tirada de Liga da Justiça 2 Com foto Com vídeo
- Geral Atlas: Veja sinopse, elenco e trailer do filme com Jennifer Lopez Com foto Com vídeo
- Geral Deadpool e Wolverine: Fãs da Marvel estão surtando com essa cena do trailer Com foto Com vídeo
- Geral Wandinha: Atriz de Westworld entra para a 2ª temporada Com foto Com vídeo
- Geral ASL homenageia Maria da Glória Sá Rosa em sua Roda Acadêmica Com foto Com vídeo
- Música Alunos do Sesc Lageado se apresentam no Festival da Juventude 2024 Com foto Com vídeo
Tweets by geral_ensaio