Edital | Jeozadaque | 23/05/2011 09h29

Diversidade é celebrada com noite de integração cultural em Corumbá

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Brasileiros, paraguaios, bolivianos, descendentes afros e até mesmo da etnia cigana, proporcionaram uma noite diferente, neste sábado, em Corumbá. A histórica Praça da República foi escolhida pela Fundação de Cultura e Turismo para comemorar o Dia Mundial da Diversidade Cultural, e quem compareceu ao local não se arrependeu. Foram mais de duas horas de intensa movimentação por meio da música, da dança e também da poesia, uma clara demonstração que a Cidade Branca realmente respira cultura, harmonia, muito conhecimento. A festa reuniu um grande público, entre crianças, jovens e adultos. O prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), presenciou o espetáculo, acompanhado da secretária especial de Integração das Políticas Sociais, Beatriz Cavassa de Oliveira, e do subsecretário de Relações Institucionais, Lamartine de Figueiredo Costa, que se encontraram com Dionísio Maldonado, da colônia paraguaia, e com o cônsul da Bolívia, Juan Carlos Mérida. Maldonado, aliás, proporcionou belos momentos, acompanhando Orlando, o mágico da sanfona, em apresentações que relembraram grandes sucessos da música paraguaia. Coube a ele puxar um "parabéns" para a diretora-presidente da Fundação, Heloisa Helena da Costa Urt, aniversariante do dia, e que recebeu um presente das mãos da secretária Beatriz Cavassa. O local da realização também mereceu destaque. A Praça da República faz parte da rica história cultural da cidade e foi especialmente preparada para sediar o evento. Se bem que não precisava de muita coisa. Os também prédios históricos localizados ao lado, como a Casa de Cultura Luiz de Albuquerque, a Igreja Nossa Senhora da Candelária e a sede da Polícia Federal, dão um visual todo especial ao local. Para o prefeito Ruiter Cunha, o cenário não poderia ser melhor. Ele destacou a festa como "uma noite de integração cultural". "Optamos por celebrar o Dia da Diversidade Cultural aqui justamente pelo fato de a praça fazer parte da nossa história, e também para ativar este espaço para que seja um ponto de encontro da cidade", disse Heloisa Helena. O local representa uma parte da história corumbaense. Ali foi cenário da batalha final da retomada de Corumbá em 1867. O obelisco feito, em mármore, homenageia os heróis da Guerra do Paraguai. Mas, a noite foi só de festa. A guerra é coisa do passado. As diferenças também. Tanto que a Banda Manoel Florêncio, ao abrir as apresentações, abrilhantou o evento com um repertório todo especial, inclusive músicas paraguaias e muito samba, um ritmo bem brasileiro, marcado também pelos alunos da Oficina de Dança com o grupo de street dance. Teve espaço até para grupos de dança de rua, integrado por jovens corumbaenses, adeptos a esta cultura. A Morenada, da Bolívia, foi outra atração da noite. O grupo praticamente deu a volta na praça, dançando, antes de se dirigir ao espaço reservado para as apresentações, em meio ao público. Orlando e Dionísio Maldonado, em suas apresentações, contaram também com a parceria de César Romero e de duas dançarinas, que proporcionaram belos espetáculos, a exemplo de uma representante da etnia cigana, com a dança do lenço. Os afros descendentes foram um show à parte, com direito ao poema Sou Negro, de Solano Trindade, e muita dança, do fogo, dos orixás e a tradicional roda de capoeira. Foi uma noite realmente especial, uma clara demonstração que a cidade de Corumbá é rica não só pela sua natureza e história. É rica também pela sua cultura e, principalmente, pela diversidade e pela convivência em harmonia dos mais diferentes povos. E não foi somente dança e música, a festa teve também espaço para outras culturas, como a gastronomia e o artesanato, disponibilizados na praça de alimentação de artesanato, estrategicamente montadas no local. Foi realmente a celebração da igualdade e a valorização das manifestações culturais. Da Redação

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