Dança | Da redação | 19/08/2016 14h37

Semana Pra Dança discute difusão e rede em dança

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Aconteceu na manhã desta quinta-feira (18), na Sala Rubens Corrêa do Centro Cultural José Octávio Guizzo, o Segundo Encontro da Semana Pra Dança, com o objetivo de discutir a Difusão e Rede em Dança. O Encontro de hoje foi pensado para difundir o que se produz no Estado e fomentar a circulação de grupos de dança da região Centro-Oeste. A ideia foi discutir e estimular a criação de redes e parcerias para a realização de eventos que contribuam para tais ações.

A coordenadora do Núcleo de Dança da Fundação de Cultura do Estado, Júlia Aissa, iniciou a conversa falando que o diálogo sobre Redes foi proposto porque vem observando as possibilidades que estão sendo formadas no país das redes colaborativas que auxiliam no fazer dança. “Propomos criar uma rede no Centro-Oeste para difundir o que se produz na região. Existem grupos de dança em Campo Grande que têm trabalhado dessa maneira, com o formato do trabalho em rede”.

Júlia apresentou os projetos da FCMS na área de dança. “A Fundação tem o Circuito Dança no Mato, visando difundir para o interior a dança. Este ano vai circular por 22 cidades. Há um resultado mais efetivo na formação de público. Temos o Prêmio Célio Adolfo, teve o Efeito Hip Hop, projetos que tiveram resultado principalmente quando o município apoia”.

A gestora do Sesc, Franciele Gadoti, disse que no Sesc os projetos são na área de Artes Cênicas, que englobam também a dança. “Passamos por muitas modificações, uma reestruturação para contemplar de forma mais igualitária a contratação dos artistas. A questão da formação é uma preocupação nossa. Em dana, tudo o que a gente tiver possibilidade de fazer vamos trazer e incluir na programação. Na área da formação, vamos trazer alguns nomes, aceitamos sugestões para oficinas e workshops. Estar aberto ao diálogo é o primeiro passo”.

O bailarino e coreógrafo Marcos Mattos disse ter chegado o momento de fortalecer o Colegiado e as Câmaras Setoriais. “É necessário discutir sobre políticas públicas, o escoamento da produção. Refletir sobre fazer isso de que jeito. O diálogo com o Colegiado é necessário para sair da informalidade, saber o que a classe pensa”.

A artista da dança e gestora cultural Bia Mattar, de Santa Catarina, afirmou que a ideia de rede é formada por nós. “Precisamos fortalecer o nó do Colegiado, do Sesc, da Fundação de Cultura, até convocar o Sesc para s reuniões do Colegiado, que pode funcionar como um conselho consultivo”.

Franciele falou sobre o projeto Palco Giratório, do Sesc. “A gente está deixando muito claro o que é o Palco Giratório, não precisa ser velado. O projeto vai fazer 20 anos. Não existe uma fórmula para entrar. Façam o espetáculo como vocês acham que deve ser”. “No Sesc as crianças levam os pais ao teatro. Estão gostando mais de teatro que os adultos. Elas pedem aos pais para ir. É preciso trabalhar o público, fazer o trabalho inverso de educar devagarzinho”.

A coreógrafa e produtora cultural Renata Leoni falou sobre sua experiência em rede, com seu trabalho com Marcos Mattos. “A gente já está misturado. A rede já estava constituída e a gente não sabia o que era isso. Um trabalho que se conecta e todos ganham. Eu vou ter uma expertise que vai ajudar no meu trabalho. Nesse lugar a gente percebe uma força. Se a gente divide o trabalho, potencializa. Fazemos isso para participar de editais e fazer projetos. Vamos descobrindo as coisas, o que funciona e não funciona”.

Bia Mattar disse ser importante dialogar com governo para se criar linhas de crédito para financiar espetáculos. “Precisamos falar com governos, com os bancos. Sou produtora cultural, não sou empresa. É necessário despertar para essas estratégias de financiamento”.

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