Dança | Top Midia News | 02/02/2018 07h00

Primeira Oficina do Sentir aprofundará os estudos do contato na dança de salão

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Nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro, acontece no Genuíno Arte e Destilaria, a “Oficina do Sentir: Dança a Dois”, o evento conta com atividades práticas desenvolvidas para trabalhar a conexão, o contato, a entrega e a sensibilidade na dança de salão.

O Genuíno abre as portas para a noite do dia 2 de fevereiro com muita música boa, dança, sorrisos e animação com o Grupo Forró PVC, a partir das 21 h, em seguida do show, haverá seleção musical de dança de salão colaborativa feita pelos professores da oficina.

No segundo e terceiro dia, a oficina terá início às 14 horas e término às 17 horas. De acordo com a psicóloga e professora Ana Loureiro, trabalhar conexão significa entrega e presença. “Estar disponível para sentir e provocar emoções ao mesmo tempo. É uma forma de encontro, consigo mesmo e com o outro. Naquele instante – de conexão – duas pessoas verdadeiramente se encontram por meio da dança. Podemos trabalhar a conexão de diversas formas, acredito que uma delas seja explorando as emoções na dança, o sentir”, afirma Ana.

Vale lembrar que o estudo não tem pretensões de ensinar passos, pois o acesso a esse tipo de conteúdo já existe, os professores querem, de fato, possibilitar vivências que levem as pessoas para o caminho do sentir. “Queremos desacelerar para poder ouvir: a si, ao outro e ao que somos juntos”, diz o professor Alberto Eikiti.

Alberto tem três anos de envolvimento com a dança de salão e durante todo esse tempo o que ele mais nota é exatamente as limitações que as pessoas encontram por ser uma dança social. “Uma dança que não se preocupa com questões importantes para se tornar boa e agradável, e isso será realizado e estudado na oficina”, explica ele.

CONHECENDO OS PROFESSORES

Alberto Eikiti, Ana Loureiro, Camila Nantes e Diego Franco prepararam aulas especiais a partir de vivências e experiências no Congresso UAI Zouk 2017 que aconteceu em Minas Gerais e Imersão em Dança em Santa Catarina.

Há dez anos, Ana Loureiro, dedica-se aos estudos das danças de salão como bailarina e professora. Atualmente, unindo psicologia e dança, ela desenvolve um trabalho pautado na descoberta de um sentido e entrega na dança a dois, e empoderamento feminino na dança.

Camila Nantes iniciou seus estudos nas danças de salão em 2011 através do samba de gafieira. Em 2013, buscando o estudo de uma vertente alternativa e contemporânea da dança a dois, integrou a Cinese Cia de Dança enquanto intérprete-criadora, também ministrando aulas de Danças de Salão e trabalhando com a produção do grupo. Em 2016 passa a lecionar no Projeto de Dança de Salão da UFMS, onde ampliou e praticou seus estudos de gênero dentro da dança a dois. Atualmente faz parte do Grupo Bailah e do Nós Coletivo de Arte, lecionando e pesquisando as entrelinhas da “dança de relação”.

Alberto começou a dançar pelo Projeto de Dança de Salão da UFMS. Fez parte da Cinese Cia de Dança em 2015, participou do UAI Zouk, já deu aula no Congresso Complô – Segunda edição, e há um ano e meio integra a Cia de dança TEZ.

O professor Diego tem cinco anos de envolvimento na dança de salão, começou como aluno no Projeto de Dança de Salão da UFMS e com o tempo se tornou professor no mesmo local. Também já fez parte da Cinese Cia de Dança, foi monitor na Escola de Dança Harmonia e no Studio Fenix. Participou das duas edições do Imersão em Dança 2017, integrou por três anos o grupo Bailah.

Opiniões

“Eu acredito que a dança de salão, como uma dança social, deve ser trabalhada além da técnica, é preciso conseguir passar o prazer de dançar e se conectar com alguém”, explica Diego.

“Meu trabalho na dança de salão é com a representatividade e uma dança que liberta o próximo. Luto por uma dança onde as pessoas possam superar as opressões e dançar a sua essência com alguém, transmitindo nada além de amor, respeito e identidade. Acredito que todos podemos ocupar esse espaço”, ressalta Alberto.

“O que você sente quando dança? Nossa meta é trabalhar a sensação, a partir disso entender aspectos de contato. Queremos ouvir, colaborar, possibilitar, somar. A Oficina do Sentir foi pensada com muito carinho e convida todos a ir além”, diz Camila.

“Mudamos o foco dos passos, das movimentações, para o conteúdo, o que preenche tudo. Quando a pessoa permite sentir as movimentações e não apenas reproduzi-las, ela está num terreno propício para descobrir a conexão”, finaliza Ana.

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