Jovens bailarinas de Mato Grosso do Sul integram corpo de baile do Bolshoi Brasil
A escola do Teatro Bolshoi no Brasil é a única unidade fora da Rússia, e tem o mesmo ideal da Escola Coreográfica de Moscou, criada em 1773: proporcionar formação e cultura por meio do ensino da dança. Em 1996, a Cia. do Teatro Bolshoi realizou uma turnê no Brasil e a cidade de Joinville foi incluída em um programa de expansão idealizado pelo então diretor artístico da companhia, Alexander Bogatyrev.
Ao participarem do 14º Festival de Dança de Joinville, os russos ficaram impressionados com a receptividade do público e a reverência da cidade diante da arte, o que evoluiu para que no dia 20 de julho de 1999, na abertura da 17º edição do Festival, Alla Mikhalchenko, primeira bailarina do Teatro Bolshoi, assinasse o protocolo de intenções com o então prefeito da cidade. Assim brotava a primeira semente do que viria a ser o Bolshoi Brasil.
De lá para cá, muitas meninas que tem o sonho de seguir a carreira na dança tem a oportunidade de sonhar em fazer parte do corpo de baile mais famoso do mundo.
Duas destas meninas são Cecília Bassetto, de 12 anos, e Regislaine Simões, de 18. Apesar de perfis distintos, Cecília é bailarina neoclássica e Regislaine formada em dança contemporânea, a disciplina e a postura profissional em tenra idade deixam claro que elas não são garotas comuns.
Talento nato e disciplina russa
Cecília começou a demonstrar interesse por ballet tão logo aprendeu a andar. Tinha 2 anos de idade quando os pais já sofriam com a dificuldade de encontrar uma escola de dança para a filha. Mudaram-se para Campo Grande, onde posteriormente Cecília destacou-se no balé da escola de tal forma que a professora chamou sua mãe, Sílvia, para conversar: “Eu achava que era só uma atividade, para melhorar a postura. Os próprios pediatras indicavam por ela já ter uma musculatura acima da média. Ela fazia balé na escola regular e a professora me chamou, e disse “Olha, eu não posso dar aqui o balé que ela tem condições de alcançar, porque eu não posso largaros outros, sugiro que vocês procurem uma escola só de balé”. E já de início falavam para levá-la para fazer teste no Bolshoi. A gente nem sabia que existia o Bolshoi” diverte-se a jornalista, que acompanha a carreira da filha de perto juntamente com o marido, Adalton Bassetto.
Regislaine Simões de 18 anos, é natural de Rondonópolis, filha de catadores de papel, e graças à Amaggi, hoje é uma bailarina formada pelo Bolshoi: “À partir de um projeto da Fundação consegui três bolsas de estudo, uma para a Universidade de Oklahoma, e um estágio na mesma Universidade. Ganhei uma bolsa para estudar na Suíça também. São três meses mas tem que custear as despesas então só conseguirei ir se conseguir um patrocínio. Voltei para o Brasil, me formei em dança contemporânea mas cheguei a fazer a parte de clássico também. E agora estou em busca de uma companhia” conta.
Os candidatos passam por avaliação com médicos e fisioterapeutas para atestarem as condições para a prática da dança. São analisadas musculatura, articulações, desvios posturais, habilidades físicas, motoras, sinais vitais (frequência cardíaca respiratória), percentual de massa corpórea e somatotipo. Além de habilidades específicas para o balé clássico, como abertura de quadril (rotação externa) e flexibilidade. Artístico-musical e cognitiva onde profissionais da Escola avaliam quesitos de musicalidade, força, projeção cênica e desempenho intelectual dos candidatos.
“No Brasil todo, no ano de 2009, haviam 89 mil meninas inscritas, só que eles vão “peneirando”. Por fim sobraram 1.600 crianças para a última fase, que é a seleção propriamente dita. Passaram 16 das cerca de 200 que restaram disputando 20 vagas” explica Adalton. Mas nada melhor do que ouvir da boca de Cecília: “Meu sonho foi sempre fazer ballet,então ter entrado é muito importante. Eu fico muito feliz mesmo. Na hora dá aquele frio, porque a gente vê um monte de meninas que tem possibilidade de entrar e se na academia você era uma das melhores, ali todas são iguais”.
A família Bassetto ainda está envolvida em diversos projetos de cunho social e a Fundação Cecília Bassetto visa a dar as mesma oportunidade a outras dançarinas: “Queremos ajudar outras crianças. Eu digo para as meninas: Se voce puder fazer, faça mais. Alimente sonhos. Para que as meninas que estão vendo vocês dançarem saibam que também podem conseguir ” conclui Adalton.
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