UFGD FAZ Pesquisa: Estudo sugere segurança no consumo do pequi
O artigo “Oral acute and subchronic toxicity studies of the oil extracted from pequi (Caryocar brasiliense, Camb.) pulp in rats” foi publicado em um dos periódicos mais relevantes na área de Toxicologia, o Food and Chemical Toxicology (fator de impacto 3.584 e Qualis B1 na área Medicina II).
Os resultados apresentados no artigo são parte da tese de doutorado da pesquisadora Giseli Karenina Traesel, servidora no Biotério Central/PROPP, junto ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde sob orientação da prof.ª Dra. Silvia Aparecida Oesterreich, da Faculdade de Ciências da Saúde.
O objeto deste estudo foi o pequi, fruto natural do Brasil e muito consumido na região do Cerrado em pratos como arroz com pequi, frango com pequi e baião de três (arroz, feijão e pequi). Além da culinária, o pequi, por ser de fácil acesso e baixo custo, também é utilizado na medicina popular como anti-inflamatório, cicatrizante, no tratamento de doenças respiratórias, úlceras gástricas, dores musculares e reumáticas.
Apesar de muitas plantas serem utilizadas para tratamentos medicinais, elas possuem metabólitos secundários (substâncias químicas), que podem causar efeitos adversos ao organismo, ou seja, as plantas são ótimas opções para o tratamento de diversas doenças, desde que seu uso não cause efeito maléfico associado. Daí a importância das pesquisas científicas, que visam demonstrar não apenas os efeitos benéficos das plantas medicinais, mas também a inexistência de efeitos adversos. Assim, objetivo do estudo foi analisar a toxicidade deste alimento, verificando se o pequi pode ser consumido com segurança.
Foram realizados testes em ratos Wistar machos e fêmeas, e os resultados mostraram que o pequi é seguro para o consumo, pois não apresenta toxicidade aguda e subcrônica nas doses testadas. Esses dados são extremamente relevantes, pois demonstram que, em animais, o pequi não apresenta efeitos maléficos ao organismo, aumentando a segurança de seu consumo.
A pesquisa contou com a colaboração de Sara Emília Lima Tolouei Menegati/FCBA, Ariany Carvalho dos Santos/FCS, Roosevelt Isaias Carvalho Souza/FCS, Gustavo Roberto Villas Boas/UNIGRAN, Priscila Narciso Justi/FACET, Cândida Aparecida Leite Kassuya/FCS e Eliana Janet Sanjinez Argandoña/FAEN.
Agora, os pesquisadores iniciaram os mesmos estudos em ratas prenhas e nos filhotes dessas ratas, visando analisar os efeitos do consumo de pequi nesses animais, para, posteriormente, analisar os efeitos em gestantes.
Para leitura do artigo completo:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278691516303337
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