A história do ex-tenente do Exército japonês, Hiroo Onoda foi adaptada para um filme de três horas com previsão de estreia no Brasil em agosto deste ano. Onoda viveu 30 anos escondido em uma selva filipina ao desacreditar que a Segunda Guerra Mundial tinha acabado e, após receber uma homenagem em seu retorno ao Japão, em 1974, decidiu viver em Mato Grosso do Sul. O filme é dirigido por Arthur Harari e se chama “Onoda: 10 mil Noites na Selva”.

A história do ex-tenente foi publicada em seu livro de memórias e se tornou um best-seller. O filme baseado neste best-seller foi aclamado pela crítica durante sua estreia em 2021, no Festival de Cinema de Cannes, na França, segundo matéria publicada pela British Broadcasting Corporation (BBC).

Em 1994, Onoda, com 22 anos, foi enviado em uma missão para formar a defesa do Japão em Lubang, uma pequena ilha nas Filipinas. Após um ataque das forças norte-americanas, os combatentes japoneses se refugiaram na floresta, mas Onoda permaneceu escondido na ilha de Filipinas por cerca de 30 anos. Ele continuou na ilha mesmo quando folhetos sobre a rendição foram distribuídos por meio de aviões e buscas foram realizadas pela polícia filipina. O Japão também havia realizado expedições na mesma época.

O governo japonês declarou a morte de Onoda em 1959, que continuou na ilha e se dedicou à missão secreta de protegê-la até o retorno do exército imperial. Ele foi o último soldado japonês a retornar da guerra, com sua espada, cinco granadas de mão e 500 cartuchos de munição.

Onoda recebeu honrarias por cerca de um ano antes de se mudar para Terenos, na Colônia Jamic, em Mato Grosso do Sul, onde seu irmão vivia. Onoda permaneceu na colônia por 40 anos, se casou e administrou uma fazenda antes de retornar ao Japão. O ex-tenente faleceu em 2014, na cidade de Tóquio.