Carnaval | Lado B | 24/11/2016 14h55

Cordão da Valu prepara festa em comemoração aos 10 anos

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A união de Silvana Valu e Jefferson Contar nasceu por meio do carnaval. O amor em comum pelo samba e pela energia da festa foi o que fez surgir em Campo Grande o Cordão do Bar Valu, lá em dezembro de 2006. O primeiro desfile do bloco aconteceu em 2007 e, desde então, o bloco, que hoje chama-se apenas Cordão Valu, vem despertando e mobilizando os campo-grandenses para o carnaval de rua.

Este ano, o que antes era tido como sonho do casal, completa dez anos de existência. “A gente está muito feliz. Ontem mesmo está- vamos vendo umas fotos dos fundadores, do primeiro e segundos desfiles e notamos como eram poucas pessoas. Elas resistiam à rua, tinham uma aversão a isso e o Cordão foi mostrando que a rua é um lugar para todo mundo estar junto. A nossa intenção sempre foi essa, de que o carnaval fosse para todo mundo”, afirmou Silvana.

A festa de comemoração dos dez anos do Cordão já está marcada para 2 de dezembro, dia em que foi oficializado o nascimento do grupo que deu vida também ao Bar da Valu, localizado antigamente na rua Rui Barbosa com a da Imprensa. A quadra da escola de samba Igrejinha foi escolhida para sediar a festança que começa às 18 horas, com entrada a dez reais. “O grupo Valu Samba Trio marca presença, como de costume, e abre a noite. Meu pai está à frente do trio e se apresenta desde a primeira edição. A bateria da escola de samba Igrejinha, com as passistas, mestre-sala e porta-bandeira também participam, além da rainha da bateria, Selminha Prestígio. A musa da escola de samba Deixa Falar, Lara Moreno, também traz seu samba para o Cordão”, conta Silvana. Juci Ibanez, Choquito Sambista e as meninas do Grupo Sampri, com o show Outros Carnavais, fecham as comemorações. “É importante lembrar que todo o valor arrecadado vai para o desfile de 2017. Tudo que é lucro é direcionado para o ano seguinte”, frisa Silvana.

Filhos de sambistas, Silvana e Jefferson sempre vivenciaram a música. Os pais eram os responsáveis pelos desfiles da Igrejinha desde sua criação, por isso os herdeiros tiveram como herança o amor ao carnaval. “Eu não me lembro de um ano sequer em que não tenha pulado carnaval. Minha mãe me fantasiava desde pequena para ir nas matinês dos clubes daqui. Quando adolescente, não me lembro de ter feito uma viagem que não fosse para curtir a festa”, lembra Silvana. Em 2006 o Brasil vivia a explosão do carnaval de rua. Grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo ferviam por conta da data. Foi daí que veio a inspiração para que o Cordão Valu nascesse. “A princípio não víamos a possibilidade de criar o bloco sem um bar, então o Bar da Valu nasceu só pra ser ponto de partida do desfile, tanto é que fechou logo em seguida”, contam.

Um dos blocos mais antigos de Campo Grande, o Usina, coletivo formado principalmente por artistas, acabou no mesmo ano da fundação do Cordão. Os carnavalescos que ficariam desamparados encontram no Valu um novo lar. Desde o primeiro desfile, o grupo chegou a movimentar no sábado de carnaval mais de 10 mil pessoas. “De cinco anos pra cá nosso desfile tem lotado. Hoje, somos um bloco que nasce e morre na rua, sempre em frente do Bar do Carioca”, finaliza. SERVIÇO – A festa começa às 18h na quadra da escola de samba Igrejinha, que fica na avenida Pref. Heráclito J. D. de Figueiredo, prolongamento da avenida Ernesto Geisel. Informações (67) 99211-8734.

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