Bisbilhoteca | Jeozadaque | 19/11/2010 13h36

Oficina do Fito aborda técnica de stop motion e produção cinematográfica

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Uma técnica artística pouco conhecida dos sul-mato-grossenses está em evidência em Campo Grande como forma de preparação para o Fito (Festival Internacional de Teatro de Objetos), que será promovido pelo Sesi de 25 a 28 de novembro com uma série de 76 espetáculos gratuitos encenados por 15 companhias de cinco países. A oficina de objetos quadro a quadro ou stop motion teve início na tarde desta quinta-feira (18/11) no auditório do Centro de Convenções e Exposições Albano Franco sob a coordenação do produtor Calor Mamberti. “Já passamos por cinco Estados e agora estamos aqui em Mato Grosso do Sul de onde partimos para Brasília (DF) quando encerrarmos as oficinas de 2010 do Fito”, disse o coordenador, explicando que a oficina ensina aos participantes técnicas sobre como transformar objetos em personagens. De acordo com ele, a primeira aula, composta de 6 horas, é teórica seguida de outras cinco aulas práticas, também de 6 horas. “Os participantes aprendem a trabalhar com o software, vêem referências, são divididos em grupos, criam roteiros de filmes e já começam a executar as técnicas criando curtas de animação. São produções artísticas que podem variar de 30 segundos e dois minutos”, explicou Carlos Mamberti, detalhando que durante a oficina a sala é transformada em quatro estúdios de filmagem. Ainda segundo o produtor, as produções que já surgiram durante as oficinas de stop motion do Fito realizadas pelo País surpreenderam pela criatividade dos participantes. “Já vimos filmes de botões, pães, panelas, parafusos, lápis, entre outros. Um filme que me surpreendeu foi o que contava a história de um envelope, que tentava viajar, mas que era rejeitado. São criações incríveis a cada oficina e tenho certeza que aqui também teremos ótimos roteiros”, lembrou. Oficina Com carga horária de 48 horas, a oficina de objetos quadro a quadro ou stop motion prossegue até a próxima quarta-feira (24/11) e é ministrada por Ulisses da Cunha Tavares e Enzo Giaquinto. O primeiro é um dos diretores do Giramundo Teatro de Bonecos, ator e bonequeiro, sendo responsável por vários trabalhos de manipulação, construção, direção, concepção de espetáculos, vídeos e cenografia em Belo Horizonte (MG) além de autor de livros, comerciais e minisséries com animação especial. Já Enzo Giaquinto é fotógrafo, marionetista e animador e esbarrou com o stop motion enquanto trabalhou com Grupo Giramundo Teatro de Bonecos, participando de projetos como Vinte Mil Léguas, série sobre mitologia grega exibida no programa Fantástico, da Rede Globo. Atualmente, ele é freelancer e trabalha com diversos grupos como Terno Teatro e Companhia Casa Volante. Participando da oficina a estudante Natália Cabral, de 18 anos, conta que tem interesse e quem trabalhar com arte no futuro. “É uma oficina que eu queria muito participar porque é muito interessante e faz parte da área em que desejo atuar que são as artes plásticas”, contou. Também aos 18 anos, a estudante e professora de português Moraima de Melo diz que pretende aprender as técnicas para incrementar as aulas. “Poucas pessoas gostam de estudar o português, então quero aprender para despertar a curiosidade nos estudantes e tornar as aulas mais interativas e interessantes”, declarou. Tatiana Vieira trabalha com teatro educativo e empresarial corporativo há 12 anos e está participando da oficina para agregar conhecimento às técnicas e diversificar os trabalhos oferecidos. “São técnicas apuradas e avançadas que o Sesi trouxe até nós e se não fosse assim eu não teria como fazer esse curso agora. Quero aprender essas técnicas porque vão ajudar no dia a dia de trabalho e até na animação virtual. Pela proposta de conteúdo nós vamos sair daqui dominando essas ferramentas artísticas e isso com certeza fará toda a diferença para nós profissionais”, analisou a artista, que faz parte da Aplausos Companhia Teatral. Da redação

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