Audiovisual | Da redação/com MidiaMax News | 31/03/2014 10h35

Vídeo instalação que reelabora a narrativa da origem será exibido no MIS

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Campo Grande (MS) - O Museu da Imagem e do Som, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, abre no dia 1º de abril, às 19 horas, a exposição de vídeo instalação ΩM – obracolética, que utiliza diferentes recursos para apresentar uma reflexão orgânica e visual dos conceitos da existência humana.

Assinada por cinco artistas de diferentes áreas de atuação (Debora Bah - fotógrafa e montadora; Gabriel Savala - montador e desenhista; Jonas Feliz - músico e desenhista de som; Leonardo Copetti - músico e desenhista de som; e Maíra Espíndola - artista plástica e performer), a exposição transforma-se em uma obra colética, aglutinada.

Motivada pelo ensejo de capturar o início daquilo que nomeamos vida, ΩM – obracolética transcende a reflexão científica e filosófica para flexionar sua própria matéria. As peças em exposição convidam à experimentação subjetiva. Através da água, do óleo, tintas de diferentes bases, luzes, sons, ideias, abstrações, todos os processos foram desenvolvidos organicamente dando origem a peças cuja organicidade é patente.

As peças da exposição se apresentam enquanto vídeo instalações ocuparão os espaços mais diversos, sendo por eles transmutadas. Os suportes da mostra utilizados são, portanto, a imagem em movimento, o som e a palavra escrita.

O título da exposição foi escolhido elegendo o milenar mantra hinduísta e budista OM como referência e recurso sonoro. Sua escrita se dá transformando a letra O no símbolo matemático Ω (ômega) - muitas vezes usado para denotar o último, o fim, ou o limite último de um conjunto.

Os artistas de escoraram em Sol Lewitt pra justificar escolhas e lacunas, quando este alega que “os artistas conceituais são mais místicos do que racionalistas. Eles procedem por saltos, atingindo conclusões que não podem ser alcançadas pela lógica” (Sentenças / 1969).

ΩM – obracolética - Há milênios a humanidade, desde as sociedades mais remotas, se pergunta acerca de sua origem. Sua origem enquanto seres pensantes, como chegamos onde estamos?, e se: - pra onde vamos? E não só a pergunta como simples engenharia retórica, mas a busca pela resposta. Nesse desejo de encontrar engendramos ciências, filosofias, religiões, formas e expressões no corpo do que chamamos arte...

Com um mergulho na física, de Georges Lemaitre a Edwin Hubble, passando por W.O. Schumann, Nikola Tesla e Ernst Chladni, ΩM - obracolética se inspira em investigações sobre a possível explosão originária do universo, a expansão, a ressonância responsável pelo equilíbrio da biosfera, a leitura do Universo em termos de energia, freqüência e vibração. Observações da ciência que se combinam e às vezes até remontam a antigas proposições, como as hindus sobre os ciclos de criação e destruição da natureza ou a Lei da Correspondência atribuída ao místico e alquimista Hermes Trismegisto.

O que decerto despertou no átomo primordial o movimento que gerou toda a matéria? Estaria a matéria, após esse ponto nevrálgico, sendo organizada e reorganizada a partir de padrões caóticos que não conseguimos determinar? Existiria alguma potência mística por trás disso? Se as perguntas continuam sem resposta que as partículas se explodam... de novo. Start.


Serviço

A mostra ΩM – obracolética será aberta no dia 1º de abril (terça-feira), às 19 horas, no Museu da Imagem e do Som, que fica no Memorial da Cultura, na Avenida Fernando Correa da Costa, 559, 3º andar, Centro. Pode ser visitada de segunda a sexta, das 7h30 às 17h30 até o dia 1º de maio.

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