Audiovisual | Da redação | 01/08/2016 11h47

Cultura da Infância é retratada em mostra audiovisual no 17º FIB

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“O cinema tem potencial de irradiação de realidades diferentes e sensibilização e essa capacidade possibilita conduzir as crianças a pensarem em outros contextos”. Essa é a reflexão que a produtora do projeto Memórias do Futuro, Lia Mattos fez durante a Mostra Audiovisual “A infância e seu meio ambiente”, do 17º Festival de Inverno de Bonito. Nela foram exibidos os curta metragens “A poeira”, de Helio Godoy, inspirado no conto “Nessa poeira não vem mais seu pai”, do escritor corumbaense Augusto César Proença e “Cordilheiras de Amoras II”, de Jamile Furtado, além do documentário “Escola das Águas: o desafio Pantaneiro”.

Alunos da rede estadual de ensino lotaram a sala de exibição que trouxe para o festival a valorização da cultura da infância, explicada por Lydia Hortélio, como as descobertas e aprendizados que fazem os meninos do mundo entre eles mesmos, ou seja, o acervo das experiências em plenitude e liberdade do Ser Humano ainda novo. Para ela, todo o universo que compõe o imaginário da criança reúne desde os aspectos históricos e sociais até as tecnologias de educação e comunicação mais atuais, e passam necessariamente pelas brincadeiras em suas diferentes formas e pela arte criada por elas e para elas.

Partindo dessa ideia, o curta metragem “Cordilheira de Amoras II” retratou o quintal da pequena indiazinha Guarani Kaiowá, Kariane, moradora da Aldeia Amambaí. No seu mundo imaginário, ela cria personagens e histórias que a desconectam da solidão. “Esse documentário foi produzido de uma forma muito espontânea, não houve uma produção ou planejamento, apenas fomos convidados para conhecer a casa da Kariane e vimos que ali encontramos o olhar de uma criança que vivia numa realidade diferente”, explicou a diretora Jamile.

O escritor Augusto César Proença marcou presença na mostra e foi muito amável com as crianças. Sua obra “Nessa Poeira não vem mais seu pai” ficou como finalista entre 967 concorrentes no concurso Guimarães Rosa, promovido pela Radio France Internationale em Paris. Ele tem muito orgulho do curta metragem “A Poeira”, gravado na Fazenda Abobral no Pantanal. Ele conta a história de um menino que perde seu pai que era vaqueiro do pantanal. As lembranças do pai e as paisagens ficam para sempre guardadas em sua memória, inspirando coragem e bravura.

O documentário “Escola das Águas: o desafio Pantaneiro” conta a história da criação da escola da Fazenda Santa Mônica e mostra a realidade das dificuldades que os alunos enfrentam para estudar no Pantanal. No Festival de Inverno de Bonito as crianças, sem dúvida, passam a conhecer a realidade de outras aguçando de forma espontânea o seu senso crítico.

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