Audiovisual | Da redação | 18/12/2015 10h52

Colegiado discute propostas para o Plano do setor

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A Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) realizou na manhã desta quinta-feira (17) reunião com representantes do Colegiado Setorial do Audiovisual para discutir propostas e ações para o Plano do setor. O secretário de Cultura, Athayde Nery, falou aos participantes sobre a importância da inclusão institucional para se criar políticas públicas de Estado.

“O cinema é estratégico. Precisamos buscar a transversalidade da atividade cultural com outros segmentos, como os municípios. Também precisamos consolidar os Sistemas Municipais e Estadual de Cultura”.

O secretário citou um dos eventos realizados no Festival América do Sul, o concurso Soy Loco por ti America, que incentivou a produção de vídeos por alunos a partir do 8º ano do Ensino Fundamental até estudantes universitários das Redes Pública e Privada do Estado, que este ano foi considerado um sucesso. Também citou o Sistema Estadual de Cultura, que está na Assembleia Legislativa para ser aprovado em fevereiro.

Incentivou a consulta permanente e avaliação com representantes do audiovisual. “Cada setor deve estar muito bem organizado de acordo com as peculiaridades de cada setor. Precisa haver gestão, envolvimento para as propostas se consolidarem. Vamos estar abertos à participação da sociedade civil para superarmos as dificuldades a partir do diálogo. O movimento da cultura em Campo Grande é diferenciado. Precisamos andar de maneira disciplinada. Nos propomos a ser canais de articulação com o setor”.

A secretária adjunta Andreia Freire falou sobre a importância da transparência. “Nós não tivemos este ano o FUÁ [Festival Universitário do Audiovisual] e o Rota Cine porque não tivemos plano orçamentário. Não houve falta de transparência e sim falta de comunicação, de um contato mais direto”.

O secretário Athayde afirmou aos membros do colegiado que não vai haver nenhum encaminhamento para desrespeitar nenhum segmento, nenhum tipo de preconceito ou protecionismo. “Vamos dialogar, aqui é aberto. Temos a responsabilidade da gestão. Não tínhamos planejamento. Este anos fomos entender o processo de financiamento. O planejamento é muito importante e vamos trabalhar nessa linha. A forma como fizemos nos festivais nos deu credibilidade”.

Foi levantada a necessidade de se promover oficinas para ensinar a fazer o registro da produção local no ancine, para ajudar a esclarecer como fazer esse registro para que a produção possa entrar na estatística nacional e se pleitear projetos junto ao Ancine e Ministério da Cultura.

Foi considerada a proposta de diminuir a burocracia nos editais e adaptação para a realidade sul-mato-grossense considerando o mérito do projeto e currículo do proponente. Outra proposta considerada foi a possibilidade de a Sectei, por meio da Fundação de Cultura, ter um escritório de negócios para estabelecer uma relação econômica unindo empreendedorismo com o turismo e audiovisual. A respeito desta última proposta, foi estabelecido que vão ser realizadas reuniões específicas para tratar do assunto no ano que vem.

A Film Comission, aprovada no governo passado, também entrou na pauta. Ficou estabelecido que a partir de março do ano que vem vai ser montado um calendário de ações para esta comissão, que é uma atividade empresarial com trades de transporte, comunicação e outras atividades que regula a produção áudio visual no Estado.

A questão da formação foi mencionada com a possibilidade de atuação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul com a extensão universitária. Também foi discutida uma possível parceria com o Sebrae para oferecer cursos no MIS divididos em módulos, no período de dez meses.

A coordenadora do MIS, Marinete Pinheiro, falou sobre a proposta de se realizar um curso no museu e também no interior do Estado para explicar detalhes sobre o Edital do Audiovisual publicado ontem no Diário Oficial. “Vamos viabilizar para ter um diretor da Ancine para ampliarmos a relação do produtor do audiovisual com a Ancine”. As inscrições para o edital vão até 10 de março de 2016.

Há um projeto para montar cineclubes em municípios do interior do Estado e potencializar a participação de curtas metragens além da realização de cursos durante o Festival América do Sul.

Foi discutida a possibilidade de trazer a TV Educativa para a administração da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul por sua importância fundam,ental nas verbas da Ancine, o que vai ser discutido em reuniões posteriores.

A coordenadora do MIS também informou que vai começar a ser feito o mapeamento do audiovisual a partir do ano que vem. Foi discutida também a proposta de se realizar mostras de cinema homenageando cineastas brasileiros.

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