Destaques | Jeozadaque | 31/07/2009 11h19

Aos finais de semana Capital não oferece artesanato

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A venda de artesanatos na Capital sul-mato-grossense vive uma lacuna aos finais de semana e feriados. Com o fechamento dos espaços Barroarte e da Artems (Associação de Artesãos de MS), o principal local de exposição é a Casa do Artesão, no centro da cidade, que funciona de segunda-feira até a manhã de sábado.

Funcionando desde 1999, o Espaço Cultural Barroarte encerrou suas atividades no ano passado. Referência turística para aquisição de artigos típicos da região, no início do City Tour era ponto de parada.

Beatriz Soares, presidente da Artems, diz que a entidade está em novo endereço, mas que por enquanto não estará aberta para receber turistas. O espaço que a entidade mantinha no Shopping Campo Grande e, depois, na Avenida Afonso Pena precisou ser fechado. Segundo ela por falta de recursos para pagar o aluguel. Neste último endereço, Beatriz fala que era um “lugar belíssimo”, mas tiveram dificuldade de organizar como queriam porque ficaram “mais correndo atrás de pagar o aluguel”.

Agora o novo endereço da Artems é Rua Vasconcelos Fernandes, 496, antiga sede da entidade. Porém, que por enquanto o local fará somente vendas exporádicas.

“O governo não ajudou nesse aspecto”, a presidente fala que o governo tem contribuído apenas na participação de eventos nacionais, quando transporta os produtos do Estado ou arca com os stands. “Temos este ano Minas (Mãos de Minas) e o Art Mundi em São Paulo”.

Como alternativa, Beatriz tem indicado aos artesãos que levem seus trabalhos para a loja Celeiro da Arte, na Feira Central de Campo Grande, que funciona também aos sábados à noite e domingos. “A Casa do Artesão tem um defeito grave para o turista: fecha no sábado à tarde e só abre na segunda, às 8 horas”.

Mas de acordo com a gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Arlene Barboza Vilela, o governo não tem projeto ou previsão para abrir a Casa do Artesão aos fins de semana ou feriados. “Não tem como, temos dificuldade de funcionários”. Os cortes de orçamentos são apontados por ela como responsáveis por manter o local fechado nesses dias, uma vez que seria necessária a contratação de pessoal para aumentar o horário de trabalho da Casa.

Na Casa do Artesão é possível encontrar artesanato regional, que vão de licores de diversos sabores até peças indígenas e outras que retratam o Pantanal.

Dados do Sistema Básico de Ocupação Hoteleira do Ministério do Turismo/Embratur,  mostram que, em 2008, o volume de entrada de hóspedes em Mato Grosso do Sul aumentou 4,66% em relação ao ano anterior. No total, MS registrou 2.744.217 pernoites em 1.739.908 leitos. Na Capital, o crescimento foi de 8,47% na entrada de hóspedes em comparação com 2007, passando para 270.429 hóspedes.

Prefeitura

Segundo Leila Brandão, responsável pela divisão de fomento às artes visuais e artesanato da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), hoje, em Campo Grande, funcionam cinco espaços mantidos pela Prefeitura: Praça dos Imigrantes, Quiosque da Arte na Praça do Rádio, Memorial da Cultura Indígena na Comunidade Marçal de Souza e as feiras itinerantes na Barão do Rio Branco e na Praça Ari Coelho. 

Enquanto o Memorial está em reforma e só volta a funcionar no fim de agosto, o Quiosque e a Praça dos Migrantes também só funcionam, praticamente, em horário comercial.

Leila explica que são os feirantes da Praça dos Migrantes que, em pesquisa, decidem por não abrir aos fins de semana, mantendo apenas uma feira mensal nos primeiros domingos do mês. Inclusive neste domingo (02/08) será dia de feira.

Ela concorda que a arquitetura do local deixa o local um pouco escondido, mas diz que pelo tempo de funcionamento as pessoas já o conhecem. A representante da Fundac também fala que já foi tentado convênios com representantes das empresas de turismo ou, também, que o ônibus do City Tour, para que a Feira dos Migrantes se tornasse ponto de parada para os turistas. Até agora, nenhum obteve sucesso.

Foto: Luciana Navarro Por Rosália Silva

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