A Prefeitura de Campo Grande por meio das secretarias municipais de Educação (Semed), de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia e Agronegócio, (Sedesc), bem como de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e da Mulher (Semmu), lançou nesta segunda-feira (9) o projeto Reciclarte – mulheres que reciclam com arte. A iniciativa reúne 30 mulheres que fazem parte da Associação de Pais e Mestres (APM) da Escola Municipal Fauze Scaff Gattass Filho, localizada no Nova Campo Grande, e outras 30 moradoras próximas do estabelecimento de ensino.

O curso que tem duração de dois meses visa promover a inclusão social abordando temáticas relacionadas ao enfrentamento da violência contra a mulher, geração de renda e empreendedorismo e educação ambiental, com catadoras de materiais recicláveis. “Isso, para nós, é uma satisfação muito grande, porque também vai reunir conteúdos do setor de beleza e artesanato para as mulheres. O que mais temos são parceiros”, disse a diretora da escola, Tânia Vital da Silva Borges.

A proposta também tem como objetivo articular ações intersetoriais com o propósito de minimizar gastos e maximizar o alcance de políticas públicas de sustentabilidade, além de consolidar estratégias de interação da educação escolar com a comunidade do entorno da escola. Na oportunidade, a secretaria municipal de Educação, Leila Machado ressaltou a importância da realização do projeto como meio alternativo de renda para as mulheres. “Desejo que esse curso faça realmente a diferença na vida de vocês. O trabalho de vocês é abençoado e é uma missão e, como tal, que seja bem feita”, disse Leila Machado durante seu pronunciamento ao falar em nome do prefeito Alcides Bernal.

De acordo com a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Leyde Alves Pedroso, a intenção é agregar a questão ambiental a temáticas relevantes que afetam diretamente a vida das catadores de materiais recicláveis. “A educação, a violência contra a mulheres estão dentro desse contexto e é por isso que estamos aqui ampliando esse leque. Além disso, é uma forma de as catadoras aumentarem sua renda. É um projeto que o prefeito Alcides Bernal abraçou e todos nós abraçamos para dizer um basta à violência contra as mulheres”, frisou Leyde Pedroso.

Oportunidade - Para as participantes do projeto, o momento é oportuno para vislumbrar novos horizontes. Segundo a presidente da APM da Escola Fauze Gatass, Claudete Vasques Pereira, 45 anos, dois filhos, o projeto Reciclarte é uma forma mudar a vida de muitas mulheres. “É uma chance para gerar renda não só para a minha família, como para as famílias de outras mulheres, além de proporcionar a liberdade para trabalhar. Isso também significa um aprendizado maior, pois estaremos defendendo o meio ambiente e ensinando para os nossos filhos o reaproveitamento de materiais recicláveis”, salientou.

Para a catadora da cooperativa Coopernova, Maria Apa Bestete, 54 anos e que há cinco recolhe materiais recicláveis, a proposta irá ajudar nos trabalhos já desenvolvidos pelas mulheres da cooperativa. “É uma honra para todas nós, que já trabalhamos com esses materiais, vai ser um reforço e tanto para todas nós”, reforçou.

De acordo com o titular da Semadur, Rui Nunes da Silva Júnior, o projeto é muito significativo. “O município aumentou a coleta seletiva em 33 bairros como forma de ajudar os catadores de materiais recicláveis. Isso é muito importante não somente para a Semadur como para a administração municipal como um todo“, ressaltou.

Durante o evento, os secretários assinaram o Termo de Cooperação entre suas pastas para o desenvolvimento do projeto Reciclarte- Mulheres que reciclam com arte.