Artes | Da redação | 04/04/2017 14h33

Projeto de arte e cultura vai atender 90 unidades escolares

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Incentivar o contato com as diversas manifestações artísticas e promover a inclusão social. Com estas propostas, o projeto Arte e Cultura, que completa 10 anos, teve sua edição de 2017 lançada nessa segunda-feira (3), no Cefor (Centro de Formação) da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A solenidade, que contou com apresentações musicais, incluindo a banda marcial da Escola Municipal Dr. Eduardo Olímpio Machado, reuniu cerca de 300 pessoas entre comunidade, alunos, diretores e professores, além de representantes da Agetran e Polícia Rodoviária Federal. A secretária-adjunta de Educação, Elza Fernandes, e a superintendente de Gestão das Políticas Educacionais, Carla Britto, também marcaram presença na abertura.

O gestor de Arte e Cultura da Reme, Wilson Lands, destacou as novidades deste ano, que incluem aulas de balé e musicalização em dez Ceinfs, noções de cinema nas escolas “Abel Freire de Aragão” e “Professor Múcio Teixeira Júnior”, além da implantação da Orquestra de Corda Pantaneira Urbana da Reme, na escola “Danda Nunes”, e que vai atender alunos a partir do 4º ano do Ensino Fundamental.

Ao todo, segundo Lands, 90 unidades escolares serão contempladas com o Projeto Arte e Cultura que, além de oferecer aos alunos a oportunidade de ter contato com as mais variadas produções artísticas, também busca contribuir com a socialização e aprendizado.

“Este ano o projeto terá um papel primordial que é o de contribuir com o bom desempenho das crianças, fazendo elevar nossos índices de aprendizagem. O professor de artes tem a missão também de motivar os alunos. Quando trazemos esse aluno para uma linguagem artística, você está valorizando essa criança”, destacou Wilson Lands.

A secretária de Educação, Ilza Mateus, ressaltou a competência da equipe técnica à frente dos projetos e disse que a criatividade é um elemento fundamental para desenvolver as atividades. “Apesar das dificuldades, estão todos empenhados em superar os desafios e buscar parcerias para levar o melhor para nossos alunos”, disse.

Para os pais presentes ao evento, o incentivo às artes proporcionado pelo projeto, além de ser um complemento importante ao currículo oferecido, também contribui para que as crianças não se dediquem apenas às novas tecnologias, como os celulares e acabem se isolando.

“Estou muito feliz em saber que minha filha terá a oportunidade de praticar balé no Ceinf. É o sonho dela e vai ajudar muito a amenizar sua timidez”, comenta Andreza Espíndola, mãe da pequena Any Gabriele, de cinco anos, aluna da escola municipal de período integral “Eduardo Olímpio Machado”.

O sonho de brilhar nos palcos é compartilhado pela aluna Lauany Ramos Maciel de Alencar, 11 anos, também estudante da “Eduardo Olímpio”. Ela conta que já mostrou interesse nas aulas de dança e também acredita que praticar uma atividade artística é importante para combater a ociosidade. “Hoje todo mundo quer só ficar no celular, mas eu gosto de estudar música e fazer exercícios”, completou.

Integrante do Coral e Orquestra Bocaiuva, comandado pelo professor Paulo Gauna e que desde 2013 mobiliza a comunidade e os alunos da escola integral Ana Lúcia de Oliveira Batista, a pequena Tainá da Rocha Maia, 10 anos, conta que faz parte do grupo há três anos e foi levada pelo amor que sente pelo canto. Hoje, ela também é uma exímia aluna de violino.

“Meu professor me ensinou a gostar de outros tipos de música, diferentes das que eu ouvia”, ressaltou.

A contribuição dos projetos para o bom comportamento das crianças é confirmada pela diretora Fatima Regina Azuaga. Ela vai além e acredita que eles têm um papel socializador, especialmente nos dias atuais, onde a tecnologia impera.

“As atividades culturais vem para motivar o relacionamento em grupo. Um acaba convidando o outro para participar de alguma aula, tirando um pouco da individualidade de quem passa o dia só no celular”, disse.

Na opinião da diretora, os projetos de arte incentivam a valorização da escola, levando a criança a respeitar o espaço e protegê-lo de atos de vandalismo. “Ninguém vai querer destruir o local onde também é possível aprender sobre várias expressões artísticas”, conclui.

Atividades

Em 2017, as artes visuais irão atender 22 escolas no contra turno escolar, com 22 professores ministrando oficinas de artesanato, desenho, escultura, gravura, pintura em tela, grafite, fotografia, colagem e mosaico.

No lançamento do projeto, as escolas ‘Ana Lucia de Oliveira Batista”, “Antônio José Paniago”, “Elizabel Gomes”, “Irmã Edith”, “Domingos Gonçalves” e “Sullivam Silvestre”, deram uma amostra dos cursos desenvolvidos, expondo trabalhos dos alunos na entrada do Cefor.

Já nas áreas de dança, teatro e cinema, o Projeto Arte e Cultura irá atender 33 escolas oferecendo atividades de balé, jazz dance, dança contemporânea, street dance e sapateado, estendendo as atividades aos dez Ceinf’s com o baby class.

Todo esse trabalho é mostrado, posteriormente, no Festival de Danças Urbanas, Contemporâneas e Clássicas.

Quanto ao teatro, as aulas chegarão a 11 escolas, que no final do ano irão mostrar os trabalhos desenvolvidos no Festival Arte e Cultura.

O projeto ainda contará com a Mostra de Artes Visuais, que proporciona um intercâmbio de obras artísticas entre os alunos da Reme, através de exposições; o Circuito de Música, que oferece à comunidade escolar a oportunidade de apreciar obras musicais e o Festival da Canção, onde os alunos realizam apresentações interpretando canções populares e até internacionais.

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