Artes | Da redação | 01/06/2016 13h30

Haroldo Garay propõe um novo olhar para arte educadores

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Técnicas como tingimento, texturização, empapelamento e envelhecimento foram executadas neste sábado (28), pelos participantes da “Oficina de Criação Livre”, ministrada pelo ator, diretor, cenógrafo e figurinista Haroldo Garay, no Centro Cultural José Octávio Guizzo. Segundo o ministrante, a intenção do curso foi instigar a curiosidade de quem trabalha com arte educação. “Este é um estímulo para que eles descubram seus processos criativos para fazerem coisas novas, com materiais que já têm em mãos. Na prática não existe certo ou errado. O executor têm que mudar a sua perspectiva no olhar”, explicou.

Durante a capacitação Garay destacou que a cenografia é o instrumento, a ciência e a arte da organização do palco e o figurino contribui na criação do personagem. E o ponto de partida para trabalhar suas criações são os brechós. “Neles encontramos roupas que já contam uma história e cada elemento de um figurino têm essa capacidade de agregar a sua história. Transformamos roupas agregando histórias”, afirmou.

Participaram da oficina artistas de teatro, arte educadores e outros profissionais da área cultural. “Eu trabalho com teatro em escolas públicas e vim aprender para repassar conhecimentos para meus alunos. Este é o meu desafio”, comentou o ator Leonn Gondin. O segundo módulo da “Oficina de Criação Livre” acontece no próximo dia 4 de julho.

Profissional das artes cênicas, Haroldo Garay é natural de Jardim (MS), mas construiu seu currículo a partir de Campo Grande, onde tornou seu nome conhecido como produtor de espetáculos, criando cenários para teatro e cinema e ministrando oficinas de cenografia e adereços em todo o Estado.

Seu trabalho pode ser visto nos curtas “Nanquim”, de Mauricio Coppeti e “Paralelos”, de Alexandre Basso. Trabalhou com reconhecidos diretores de cinema, a exemplo de Lúcia Murat (Brava Gente Brasileira), João Batista de Andrade (O Tronco) e no teatro, com Edmilson Motta Pará (Nhô Guimarães) e a diretora alemã Nehle Franke (Divinas Palavras), quando foi indicado ao prêmio de Melhor Cenário no Festival Braskem 2008.

Atualmente Garay está radicado em Salvador, onde mantém estúdio de pesquisa e criação de cenários e adereços e constrói uma ponte entre a Bahia e Mato Grosso do Sul, para fortalecer o intercâmbio de experiências e técnicas artísticas.

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