Artes | Da Redação/Com Midiamax | 15/11/2013 12h41

Grafite embeleza muros de Campo Grande

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Quem gosta de andar pela cidade já deve ter percebido que pouco a pouco a arte de rua vem tomando conta dos muros e das fachadas de Campo Grande. As cores, os estilos diferentes e a criatividade dos grafiteiros embelezam o que antes estava sem vida.

A fachada sem brilho, o muro sujo, ganham novo ar e quem gosta de arte não resiste, para e dá uma olhadela. Professor Carlão, do PT, não aguentou ao ver a nova fachada de um salão de beleza infantil e parou para apreciar as cores. “Embelezando a cidade mais uma vez”, diz a Guto Naveira, o autor da obra.

Multiartista, Guto conta que o grafite é uma de suas paixões. Apesar de se dedicar a várias frentes como cartoons, trabalhos editoriais, telas, entre tantas outras, revela que é na arte de rua que consegue chegar onde quer: no meio das pessoas. “Todo mundo vê. Claro, que um trabalho em uma exposição é bacana, mas estar na rua é muito mais interessante. Você leva a arte para todos”, expressa.

Vários grafites dele podem ser visto nas ruas. A maioria, conta é parceria com empresários que entenderam o que é essa forma de expressão. Quanto à iniciativa pública, ele lamenta que ainda é muito pouco o que se consegue. “A maioria dos meus trabalhos são com empresários. Alguém que conhece meu trabalho, que viu e gostou. Do poder público ainda é muito pouco, apesar de já ter algumas mudanças”, diz.

As obras dele podem ser vista na rua Marechal Rondon com a José Antonio, na rua Maracaju (também próxima a José Antonio), na rua Pedro Celestino em frente a escola Auxiliadora, e o preferido, no parque das Nações Indígenas, perto do Yotedy.

Tendência

O grafite também tem virado tendência entre os arquitetos. Para compor ambientes com a cara de urbe muitos tem usado a arte de rua. A arquiteta Joana Moraes, 29 anos, é uma das profissionais que tem aproveitado a arte urbana, tanto dentro de projetos, quanto fora. Ela revela que no ano passado convidou o grafiteiro Giu Beto para compor o ambiente de uma garagem em uma mostra de decoração.

“Decidi por convidar o Giu para quebrar um preconceito e mostrar que é uma arte tão importante como outra qualquer. Só que em grande escala”, diz.

Ela fala que sabe que o grafite ainda é visto com maus olhos por muita gente, como algo marginalizado. Por isso, escolheu a arte. Para romper preconceitos. “Quis mostrar que é uma arte mais em conta. Que valoriza espaço e ao mesmo tempo trabalhar a inclusão social dos grafiteiros que ainda são marginalizados”, explica.

Para ela, um espaço com um belo grafite agrega valor ao ambiente e por isso faz questão de trazer para dentro de suas obras e assim desmistificar esta arte. “Nosso sonho é que um dia ele (Giu Beto) pinte todos os tapumes das nossas obras”, diz sobre o trabalho dela e da mãe, Miralba Moraes, que também é arquiteta.

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