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Artes | Da redação/com Assessoria | 27/10/2014 15h58

Exposição "Ela, ele, elos" inaugura no Centro Cultural

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Campo Grande (MS) - A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul inaugura na próxima quarta-feira (29 de outubro), às 19 horas, no foyer do Teatro Aracy Balabanian no Centro Cultural José Octávio Guizzo a exposição “Ela, ele, elos”, dos multiartistas  Eduardo Ferreira e Anna Marimon.

A exposição “Ela, ele, elos” reúne a produção plástica inédita dos artistas. São pinturas e instalações, cada qual ao seu estilo, que traduzem suas vivências múltiplas no campo das linguagens que emergem de seu habitat natural: um quintal cuiabano repleto de referências criativas que passam por todas as linguagens.

Eduardo, com sua experiência que perpassa uma espécie de pós-surrealismo cubista, mesclado a referências de uma mitologia da infância com quês de baianidade e carnavais pregressos dos rincões mato-grossenses. Anna, com uma pegada proustiana persegue paisagens sem fim de um mesmo ponto de vista, repetindo uma busca incessante pela memória fotográfica dos imensos chapadões que brotam do cerrado incandescente.

Anna Amélia Schirmer Marimon é natural de Santa Maria (RS), mudou-se para Cuiabá no final dos anos 70 levando rock e cultura urbana para a cidade. Juntou–se a um bando, Caximir Buquê, artistas múltiplos ou de expressões em permanente estado de expansão que carregaram nas tintas históricas e nas letras poéticas, fazendo história e performances artísticas pelos cantos e recantos das cidades por onde circularam e circulam. A artista encanta, pinta, borda, reclama, declama, sempre redescobrindo luzes e novos caminhos.

Eduardo Balbino Ferreira nasceu em Guiratinga (MT). É um artista de insigths, na sua criação não há busca, pois as ideias aparecem espontaneamente em todas as suas linguagens: na literatura, na música, no audiovisual, nas artes cênicas e agora nas artes plásticas. Deste “novo” universo de signos emergem imagens do passado, das figuras icônicas dos mascarados carnavalescos de Guiratinga em Mato Grosso, das fabulações mágicas das histórias locais, com suas assombrações, suas lendárias figuras personificadas em representações lúdicas, na figuração de diabos multifacetados, de elementos extraídos como diamantes das águas do imaginário coletivo.

A essas memórias arcaicas de uma infância encravada no isolamento do antigo Leste de Mato Grosso, agregam-se elementos urbanos, da expansão metropolitana da cidade que este artista elegeu como sua: Cuiabá, onde sua história recente e pregressa o insere no contexto das ideias contemporâneas como artista múltiplo que é, cuja expressão se manifesta com a intensidade e o furor do rock, na urbanidade emergente, o que caracteriza um comportamento, uma atitude pensante que nunca se esgota.

Serviço: A exposição permanece até 30 de novembro. A proposta de exposições no Foyer do Teatro Aracy Balabanian é direcionada para artistas iniciantes. Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na Rua 26 de Agosto, 453 ou pelo telefone 3317-1795.

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