Arquitetura | O Estado MS | 23/12/2015 09h44

Plantas em jardins verticais trazem vida à ambientes

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Ultimamente a sustentabilidade e o cuidado com a Natureza vêm permeando as atividades de várias áreas, e com a arquitetura e decoração não poderia ser diferente. Depois da febre dos “jardins de inverno” na década de 1980, agora o sonho de consumo se traduz em ter um jardim vertical. Que pode até ser de ervas na cozinha, a imaginação é o limite.

A popularização dos jardins verticais teve início com o botânico francês Patrick Blanc, que constrói fachadas verdes permitindo uma perfeita integração da natureza à arquitetura produzindo cenários urbanos singulares por todo o mundo. Os benefícios são, sem contar a beleza única na urbanização da cidade, o conforto térmico, a redução da poluição e do ruído externo que os jardins verticais proporcionam.

Não demorou muito para que as pessoas almejassem este resultado também em suas residências, e hoje em dia existem no mercado opções para todos os tipos de orçamento e finalidade. Entretanto, existem alguns detalhes que devem ser levados em consideração.

Segundo a designer e paisagista técnica Adines Ferreira, um dos fatores mais importantes é a irrigação: “No caso dos jardins verticais, tanto em área interna como externa, o que levo muito em consideração é a insolação (para escolha das plantas), bem como o acesso à água, no caso, um ponto de água, para a irrigação, que deve ser bem feita pois ela é a base de sobrevivência da planta uma vez que em um jardim vertical tem pouco espaço para crescer e também que não tem como buscar água e outros elementos e outro local.” frisa.

Outro fator que deve ser levado em consideração é a incidência de ventos e luz solar direta e a compatibilidade das espécies. Adines explica o porque: “Este tipo de vegetação tem que ter as mesmas necessidades de insolação (horas de sol por dia), de água, e até de nutrientes, ou seja, elas tem quer necessidades semelhantes para poder conviver num mesmo espaço, senão adoecem e morrem.”

A manutenção varia e acordo com o projeto, que é feito levando em conta todos os detalhes do pós-execução para que o cliente tenha ciência do que necessita fazer. Porém, segundo a designer, o mínimo que se indica é que seja efetuada a cada 3 ou 6 meses, conforme a espécie escolhida.

Leve sempre em consideração, na escolha das plantas, à disponibilidade de água e a frequência de irrigação possível. Assim não corre o risco de plantar samambaias, onde possivelmente só podem viver cactos.

Fibra de Coco

Esta técnica é perfeita para espaços pequenos como varandas e apartamentos. Por ser confeccionada por um material natural, parte dela pode ficar aparente, sem prejudicar o visual. Deve-se impermeabilizar a parede que vai receber o painel antes. O painel de fibra de coco pode ser parafusado na estrutura. A empresa Coquim comercializa as peças para todo o Brasil.

Quadro verde

Os quadros verdes foram desenvolvidos pela paisagista Gica Mesiara. É só escolher um local iluminado na casa e trazer o verde para dentro. O quadro é fixado com parafusos e buchas. A estrutura é vedada para evitar vazamentos e umidade, o sistema de rega pode ser computadorizado ou manual.

Técnica de blocos cerâmicos

A Green Wall Ceramic utiliza blocos de cerâmica que quando instalados um ao lado do outro, compõem a parede com a extensão e altura determinadas. O vão central de cada bloco é preenchido com o substrato (nutriente para a planta). Em jardins pequenos a rega pode ser manual.

Já em jardins maiores é necessário instalar um sistema de irrigação automatizado onde a rega é feita por gotejamento e o tempo da irrigação varia de acordo com o clima e a incidência de sol no ambiente. A tubulação de água é toda embutida.

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