Arquitetura | Da redação/com Diário Corumbaense | 07/04/2014 11h10

Ministério da Cultura homologa tombamento da ponte do Porto Esperança

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Campo Grande (MS) - Homologado pelo Ministério da Cultura o tombamento da ponte ferroviária Eurico Gaspar Dutra, que fica na região de Porto Esperança, em Corumbá. A portaria número 28, que oficializa o tombamento, foi assinada na sexta-feira, 04 de abril, pelo ministro interino da Cultura Sergio Braune Solon de Pontes e publicada na edição de hoje, dia 07, do Diário Oficial da União (DOU).


De acordo com o a Superintendência do Iphan em Mato Grosso do Sul, a ponte foi inscrita em três dos quatro livros de tombo existentes: Livro do Tombo Histórico; Livro do Tombo Arqueológico, Paisagístico e Etnográfico e no Livro do Tombo de Belas Artes.

A proposta havia sido aprovada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural durante a reunião do dia 29 de novembro de 2013, no Rio de Janeiro.  Agora, a ponte é um bem protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) com a classificação de Patrimônio Cultural do Brasil.


A ponte


Também conhecida como ‘"Quase Internacional", a ponte Eurico Gaspar Dutra começou a ser construída em 1º de outubro de 1938 e só ficou pronta nove anos depois. A inauguração foi em 21 de setembro 1947, quando a grande estrutura recebeu o nome do então presidente, recentemente empossado após o fim do Estado Novo, Eurico Gaspar Dutra.

A construção da ponte em Corumbá marcou a Arquitetura Moderna brasileira, foi idealizada no início do século XX, como parte da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil do Brasil (FENOB) que, em 1912, tinha seu ponto final em Porto Esperança e precisava chegar à outra margem do rio Paraguai, para garantir a ligação com a cidade de Corumbá e, consequentemente, com a Bolívia.

Assim como toda a história da construção da ponte Eurico Gaspar Dutra, os números relacionados a ela também são impressionantes para uma obra do início do século XX, executada em uma região de difícil acesso. São 2 mil metros de comprimento, 112 metros de altura no vão central, até 10 metros de largura e 2,1 mil operários que, em quase 10 anos de trabalho, manipularam 25,1 mil metros cúbicos de concreto armado, com 2,6 toneladas de aço e cerca de 27 quilômetros de estacas variadas. Além do arco central, a superestrutura possui outros quatro com 90 metros de altura, um viaduto na margem esquerda, em Porto Esperança, com 971,5 metros de extensão, formado por 25 arcos menores. Na outra margem, outro viaduto de 53,2 metros é formado por mais dois arcos com 26 metros de vão. Ao todo, são 46 pilares sendo que seis deles foram firmados no leito do rio Paraguai, a uma profundidade de sete metros.

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