Arquitetura | Da redação | 19/12/2017 09h57

Acadêmico da Capital resgata planta de parque logístico

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Neste mês, o formando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Vinícius Néspoli Ferzeli, de 25 anos, foi destaque no site ArchDaily Brasil — portal especializado em arquitetura mais visitado do país.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) desenvolvido por ele durante a graduação esteve entre os 24 projetos selecionados pelos editores da página como um dos melhores trabalhos desenvolvidos no Brasil e em Portugal em 2017. Ao todo foram inscritas no concurso 276 propostas de várias regiões brasileiras e também de cidades no exterior como Coimbra e Lisboa (Portugal).

“Eu estou muito feliz, sei que é um trabalho acadêmico, mas trouxe visibilidade pela qualidade das produções que temos na UCDB. Fico satisfeito também porque expor o meu projeto, além de tudo, é uma forma de incitar a discussão sobre o tema que eu abordei e incentivar a criação de novas tecnologias”, comemorou Vinícius.

Projeto desenvolvido por Vinícius com o apoio do orientador, professor Fernando Camilo de Carvalho Júnior, teve como foco a “Intermodalidade a serviço do desenvolvimento local”. Por meio do conceito da “arquitetura espetacular”, o formando deu uma modelagem diferente e única para o Parque X — um terminal intermodal de cargas inacabado situado no anel viário de Campo Grande.

“Além da estrutura em si, proponho o resgate do uso da linha férrea, a princípio, para transporte de cargas e, depois com o crescimento econômico que isso trará, também para a locomoção de passageiros. Tudo aliado com o transporte rodoviário que trabalhará da mesma forma com cargas e pessoas, desenvolvi uma estação de transição que daria acesso aos passageiros para o aeroporto, rodoviária e também ao centro da cidade”, esclareceu Vinícius.

O formando, que também é graduado em Design pela UCDB, inspirou-se em desenvolver o tema quando fez um intercâmbio na França por meio do projeto Ciências Sem Fronteiras: “O uso do trem na Europa é muito forte. As pessoas utilizam a linha férrea para viajar e isso me atraiu muito. Desde pequeno eu via os trens no centro de Campo Grande e quando cheguei na Universidade me questionava porque não tinha dado certo, por isso pensei no projeto”, pontuou.

Vinícius teve acesso as plantas do parque logístico inacabado por meio do site da prefeitura de Campo Grande, já que o espaço está disponível caso alguma empresa queira obter a concessão. Atualmente, em média, apenas 20% da estrutura está concluída e o formando incorporou esses espaços existentes no projeto.

“Foi um ano de trabalho. Aproveitei o que já tinha ali como estacionamento de cargas e oficina e também utilizei o terreno ao lado que já estava separado para ser uma extensão do parque logístico, transformei-o na parte de embarque e desembarque de passageiros”, esclareceu.

No trabalho, Vinícius também enfatizou a importância de um parque logístico como este que integra o transporte rodoviário e férreo para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Para ele, esse tipo de estrutura irá deixar o produtos sul-mato-grossenses mais competitivos, visto que ainda há um grande gargalo quando se fala em escoamento de produção.

“Essa integração com a linha férrea irá melhorar a logística e possibilitará bons preços para o que é produzido aqui, além disso o gasto com a manutenção das rodovias tende a diminuir e o transporte também de passageiros pelo trem proporcionará uma viagem mais segura e confortável”, finalizou.

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