Agenda | Da redação/com Midiamax | 16/04/2014 09h53

Música apresenta folk com influências do MS

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Campo Grande (MS) - Há três anos morando em São Paulo, Jonavo revela que sua música mudou. A loucura da cidade grande, a miséria escancarada a cada tropeço na calçada fez o jovem artista repensar o modo de fazer música. O estilo amoroso permanece, mas com uma pegada mais social.

Apesar deste novo lado se sobressair, o estilo emotivo continua. E Jonavo revela que esse é sempre seu objetivo. “Quero emocionar as pessoas e me emocionar. Se for um show emocionado consigo me conectar com as pessoas. Sempre digo que meu trabalho é um patchwork, onde cada pedacinho se conecta formando o todo”, filosofa.

O jovem artista conta que foi para São Paulo com o primeiro disco embaixo do braço, e tudo que encontrou lá o fez rever sua música, ao mesmo tempo em que se conectava constantemente com suas raízes. “Fui morar na liberdade, perto da Praça da Sé. Conviver com os mendigos nas ruas, tropeçar nisso diariamente me fez ir mais para o lado social. Minha música mudou, mas o toque bucólico, que é minha referência daqui, não mudou. E essa mistura para mim é o folk”, explica, dizendo que sua musica é exatamente essa mix do que ele vive em São Paulo com as referências que adquiriu durante toda sua formação aqui em Campo Grande.

Jonavo ainda conta, que assim como ele, muitos outros artistas procuravam ‘alguma coisa’ e encontraram no folk essa busca. “Como diz o Paulinho Simões, o Folk é como o Aquífero Guarani, quando se achava que não existia mais nada original, veio algo para se resgatar, que é o folk”, diz.

Com esses músicos, Jonavo lançou o Festival Folk+Brasil. Cirador do evento, ele explica que a apresentação desta quarta-feira (16), no Lenda’s Pub, é um drops do festival. A apresentação única intitulada “Noite Folk”, conta com as participações de Paulo Simões e Bezão.

Neste show, ele apresenta músicas do primeiro CD (Jonavo & Barulho Zen), como Paraíso Baby e Monet que ganharam novas roupagens e também as novas composições como Senhora da Guia e Tomate. Clássicos do Folk nacional e internacional também compõem o repertório especial.

Folk no Brasil

Alinhado a uma tendência mundial desta década, o festival nasceu para abrigar novos artistas do gênero e também para mapear o que foi feito no Brasil que pode ser considerado Folk. “A questão da música folk é a grande bandeira. É a única novidade que tem nesse país. Não tem mais nenhuma outra!”, declarou Renato Teixeira em um minidocumentário produzido pela equipe do festival.

O projeto nasceu em 2012 com pequenos saraus e foi ganhando corpo entre músicos e amigos amantes do estilo. Em setembro de 2013 aconteceu o convite para uma estréia em uma das principais e mais respeitadas casas de shows de São Paulo, o Bourbon Street Music Club. A noite foi um encontro de gerações no show do sul-matogrossense Paulo Simões com abertura de Jonavo. Contou ainda com o apoio e participação de Almir Sater. O sucesso rendeu uma inserção do Festival na agenda do Bourbon.

Enquanto havia prateleiras em lojas de discos, no Brasil ninguém destinou nenhuma ao Folk. No entanto o festival faz o resgate dessa designação pra música do campo em contraste com a música urbana. Muitos artistas como Zé Ramalho, Almir Sater, Renato Teixeira e Zé Geraldo representam para o país o mesmo que Bob Dylan, James Taylor e Joan Baez representam no mundo, e esse é um momento global de assimilação desse tipo de música.

Bezão

A Noite Folk contará ainda com a abertura de Bezão, músico paulista, que desembarca pela primeira vez em Campo Grande para um show. Seu trabalho também circunscreve o folk, e suas músicas contemplam o simples com acordes fortes e versos precisos. Bezão, que agora se lança no primeiro trabalho solo, integra também a banda Rossa Nova, cujo trabalho ficou bastante conhecido no cenário brasileiro por promover o “Rock Rural” ao lado do grande compositor Zé Rodrix. 

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